A Copa América que ficou devendo em muitos aspectos, o técnico principalmente, terminou com o Brasil campeão. A vitória da Seleção Brasileira por 3 a 1 contra o Peru, no Maracanã, na tarde deste domingo (07/07), alegrou os torcedores locais e não poderia ser diferente, todos comemoraram mais um título do escrete Canarinho. No entanto, a edição 2019 do torneio organizado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) esteve entre os piores no quesito média de gols da história centenária da competição.
Nos 26 jogos da Copa América foram registrados 59 gols, sendo os últimos marcados por Everton ‘Cebolinha’, Gabriel Jesus e Richarlison, a favor do Brasil, com Paolo Guerrero descontando de pênalti para o Peru. Esses jogadores ajudaram a estatística marcar 2,3 gols por partida, número que só supera os apresentados nas edições 1922, 1989 e 2011. E ainda por cima iguala o ranking do torneio disputado em 2015.
Se faltou gol sobrou dinheiro. Os cofres da Conmebol foram preenchidos com muita grana no torneio. Só a final no Maracanã gerou R$ R$ 38.769.850,00, a maior renda já estabelecida em uma partida disputada no Brasil. Quase 70 mil pessoas estiveram no Maracanã (69.986 entre pagantes e não pagantes) e acompanharam o nono título do Brasil na Copa América.
Mesmo com uma quantidade de gols não tão satisfatória a competição fez com que o torcedor brasileiro e os turistas curtissem bem o clima no “País do Futebol”.
Antes da final o Maracanã foi tomado por sentimentos como alegria, descontração e esperança. Havia de tudo um pouco do lado de fora do estádio, de várias etnias e nacionalidades, não apenas brasileiros e peruanos, os mais interessados na partida. Mas em maior número os ‘brazucas’ fizeram a festa.
Em campo os comandados de Tite precisaram de alguns minutos para entrarem no jogo, e quando conseguiram o encaixe fizeram o gol. E a jogada ofensiva foi muito bem trabalhada. o lateral-direito Daniel Alves lançou Gabriel Jesus, que “dançou à frente de Trauco”. O camisa 9 deu um belíssimo cruzamento que encontrou Everton no meio da área: Brasil 1 a 0.
A torcida foi ao delírio no Maracanã, que explodiu em alegria. Nos camarotes o presidente Jair Bolsonaro, que assistiu ao jogo ao lado do ministro da Justiça Sérgio Moro e, dentro outros, do presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) Alejandro Domínguez, se exaltou e desequilibrou-se, quase caindo da cadeira.
Bolsonaro que foi o responsável por participar da cerimônia de premiação. E a entrada do presidente do Brasil no gramado gerou intensa vaia no Maracanã ao fim da partida.
Antes dos holofotes incidirem sobre o Chefe de Estado Nacional o Peru conseguiu o empate ainda no primeiro tempo, após o árbitro marcar pênalti de Thiago Silva. Paolo Guerrero, atacante do Internacional, deixou tudo igual no marcador aos 43 minutos, após confirmação do Árbitro de Vídeo, que havia sido duramente criticado pelos argentinos após a eliminação da Albicelente na semifinal.
Mas quis o destino que o Brasil ficasse à frente do placar ainda no primeiro tempo. Se no primeiro gol ele deu assistência, no segundo balançou as redes: Gabriel Jesus virou e fez o 2 a 1.
Gabriel Jesus que foi um dos personagens da partida, para o bem e para o mal. O camisa 9 foi expulso no segundo tempo, após levar o segundo cartão amarelo. Ele deixou o gramado esbravejando, dando socos na cabine onde ficavam representantes da Conmebol. E ainda por cima quase derrubou o equipamento do VAR, após empurrar a máquina.
Após sair xingando, Gabriel Jesus nem viu do gramado o terceiro gol do Brasil. Richarlison, cria do América e que despontou para o mundo no Maracanã com a camisa do Fluminense, fechou a conta de pênalti: 3 a 1 e taça para o time Canarinho.