EM
O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para criticar a política indigenista no país. “A Funai, como regra, “cuidava” de tudo, menos do índio. Cada ninho de ratos que toco fogo, mais inimigos coleciono. Acredito no Brasil porque confio em você, cidadão de bem”, disse o presidente.
Bolsonaro aproveitou um vídeo da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, feito no hangar da Funai, no aeroporto de Brasília, onde algumas aeronaves são mostrada em estado precário de conservação.
“‘Imagina que esta medalha valha mil reais. Que tal você guardá-la para mim por R$ 700 mil por ano, pagos com dinheiro público. É um bom negócio para nós, é ou não é?”, ironizou o presidente em referência aos valores estimados de leilão de uma aeronave e do aluguel pago pelo hangar.
No mesmo vídeo, a ministra completou: ”Absurdo, e índio morrendo por falta de assistência médica. De acordo com Damares, o abandono das aeronaves ocorre desde 2012″. Naquele ano, o País era comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment em 2016, assumindo na sequência o ex-presidente Michel Temer (MDB).
Queda de braço
No último dia 24 de junho, o ministro Roberto Barroso, do Superior Tribunal Federal (STF), suspendeu a medida provisória (MP) do presidente Jair Bolsonaro que retirava a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai), ligada ao Ministério da Justiça, para o Ministério da Agricultura.
A decisão de Barroso foi tomada em ação apresentada pelos partidos PT, PDT e Rede, que consideravam a ação de Bolsonaro irregular, uma vez que uma comissão mista do Congresso já havia vetado, por 15 votos a nove, a medida ao analisar a reforma administrativa feita pelo governo no início do ano.