O Cruzeiro conseguiu segurar o 0 a 0 com o River Plate, nesta terça-feira, na Argentina, no primeiro duelo das oitavas de final da Copa Libertadores. Com uma atuação mais defensiva, a Raposa conteve as investidas do time da casa e ainda contou com a sorte ao ver os argentinos desperdiçarem um pênalti assinalado pelo VAR no último lance da partida.
Curiosamente, foi a primeira vez que os dois times empataram na história dos confrontos. Em 14 partidas, foram dez vitórias do Cruzeiro e quatro triunfos do River.
Com o resultado, o Cruzeiro precisará vencer por qualquer placar no duelo da volta, na próxima terça-feira (30), às 19h15, no Mineirão, para avançar às quartas de final da Libertadores. Vitória simples também dá a vaga ao River, que também se classifica com empate com gols, já que na Libertadores há o critério do gol qualificado como visitante. Novo 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Quem passar encara o vencedor de Cerro Porteño x San Lorenzo.
Contando com a volta de Thiago Neves, que havia ficado fora das duas partidas anteriores por causa de um incômodo na panturrilha direita, o Cruzeiro abdicou de jogar no primeiro tempo e limitou-se a esperar o River Plate no campo de defesa. No entanto, a equipe celeste sofreu para segurar o ataque argentino, que aproveitou a fragilidade do lado esquerdo defensivo da Raposa (Léo e Egídio) e chegou várias vezes com perigo. Quando teve a bola nos pés, o time estrelado mostrava lentidão para atacar e errava muitos passes.
Se o lado esquerdo do Cruzeiro foi mal no jogo, o lado direito compensou. Orejuela e Dedé fizeram uma partida praticamente impecável. O zagueiro cortou vários ataques do River, enquanto o lateral-direito foi bem na marcação e na saída de bola ao ataque.
Já na etapa final, o Cruzeiro mudou de postura e começou a aparecer mais vezes no setor ofensivo. Logo aos dois minutos, a Raposa conseguiu encaixar um contra-ataque e balançou as redes com Marquinhos Gabriel. O atacante foi lançado em velocidade, saiu cara a cara com o goleiro Armani e tocou no canto. No entanto, o auxiliar marcou impedimento. Como o lance foi muito difícil, o VAR entrou em ação e confirmou a posição ilegal do jogador celeste.
Nos minutos finais, o River aumentou a pressão e não abriu o placar por muito pouco. Aos 39, Lucas Pratto cabeceou rente à trave. Na sequência, após escanteio, Fábio fez grande defesa. No mesmo lance, a bola pegou na mão de Orejuela. Os jogadores do River pediram pênalti e o VAR foi acionado, mas viu como jogada normal.
Aos 51 minutos, após cobrança de escanteio, Henrique puxou Lucas Pratto na área. O árbitro não viu a falta, mas o VAR notou a irregularidade e alertou o chileno Julio Bascuñan, que foi ao monitor rever o lance e assinalou a penalidade máxima. Suárez foi para a cobrança, mas chutou por cima do gol de Fábio.
Antes da partida decisiva pela Libertadores, o Cruzeiro tem um compromisso diante do Athletico-PR, sábado, às 19h, no Mineirão, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.