O Brasil conquistou seis medalhas na 60ª Olimpíada Internacional de Matemática, a IMO 2019, realizada na cidade de Bath, Reino Unido.
Foram duas medalhas de prata e quatro de bronze.
A competição foi entre os dias 11 e 22 de julho e a delegação brasileira totalizou 135 pontos, o que garantiu a vigésima nona colocação no ranking, juntamente com a Turquia, e atrás do Peru.
Samuel Prieto Lima, de Goiânia, e Pedro Gomes Cabral, de Recife, levaram as medalhas de prata.
As de bronze foram para os estudantes Bernardo Peruzzo Trevizan, de Canoas (RS), Pedro Lucas Lanaro Sponchiado, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), Guilherme Zeus Dantas e Moura, de Maricá (RJ) e Felipe Chen Wu, do Rio de Janeiro.
A equipe foi composta por medalhistas da 40ª Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), ocorrida no país no ano passado, e teve como líderes os professores Edmilson Motta e Carlos Shine, de São Paulo.
O professor Edmilson Motta comemorou a vitória e disse que ficou “bem satisfeito” com o resultado, “porque todos conseguiram medalhas”.
A IMO 2019 registrou um total de 621 estudantes do ensino médio de 112 países, com idades entre 14 e 19 anos. Cada país manda uma equipe de até seis alunos.
O professor Motta explicou que o grupo brasileiro ficou na metade superior de desempenho e, portanto, apto a ganhar medalhas. “Você tem disputando países de melhor educação do mundo presentes. Foi um resultado bastante bom”, reiterou.
Desta vez, o Brasil não conquistou a medalha de ouro, como ocorreu no ano passado.
“A gente fica sempre com essa expectativa, mas o resultado foi bem satisfatório, considerando o resultado da equipe”.
Edmilson Motta afirmou que saber matemática é importante em todas as áreas.
“O domínio dos métodos numéricos e analíticos que a matemática tem tanto na sua essência é fundamental para qualquer área que você queira desenvolver. Não importa qual seja a sua área de interesse, seja exatas, biológicas ou humanas, saber matemática vai fazer de você uma pessoa com maior entendimento na sua área de interesse.
E, como cidadão, consegue ter uma visão muito mais elaborada do ponto de vista crítico, se você tem essa visão analítica que a matemática lhe traz. É um conhecimento muito valioso”.
Próxima competição
Em 2020, a competição será em São Petersburgo, na Rússia.
Edmilson Motta disse que três dos rapazes que representaram o Brasil este ano ainda são candidatos para o ano que vem.
“As equipes se renovam e entram novos jovens. A nossa intenção é subir no ‘ranking’ e conseguir ter medalhas de ouro com mais frequência”. O professor avalia que ter uma medalha de ouro a cada cinco anos é uma frequência baixa.
“Não é tão boa, considerando a seleção que o nosso país tem”.
A meta é ganhar uma medalha de ouro a cada ano.
“É importante para o Brasil dar um salto de desempenho”.