A Vale registrou um prejuízo no segundo trimestre deste ano, em consequência aos efeitos da tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro. A companhia contabilizou perdas de US$ 133 milhões no intervalo de abril a junho. O prejuízo é o segundo consecutivo, depois da perda de US$ 1,6 bilhão nos três primeiros meses do ano.
Sem considerarem provisões adicionais por causa do rompimento da Barragem B1 da Mina do Córrego do Feijão, a média projetada por instituições financeiras apontava para um ganho de US$ 2,508 bilhões. A receita líquida da Vale, que alcançou US$ 9,186 bilhões, ficou em linha com as estimativas (US$ 9,458 bilhões).
Todas as provisões somaram US$ 1,5 bilhão no segundo trimestre. Duas situações não haviam sido contabilizadas pelas instituições financeiras: o descomissionamento de barragem de rejeitos de Germano (custo adicional de US$ 257 milhões) e Fundação Renova, entidade para atuar na reparação dos atingidos na tragédia em Mariana (custo adicional de US$ 383 milhões).
Segundo a empresa, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 12,2 bilhões no segundo semestre, ainda sendo impactado pelas questões financeiras decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho (US$ 5,9 bilhões).
“Conforme progredimos para uma reparação completa e efetiva, o segundo trimestre foi um período de transição para o negócio, com o rompimento da barragem em Brumadinho ainda impactando volumes, custos e despesas. Entretanto, nossa resposta começou a dar frutos para garantir a segurança das pessoas e das operações da companhia, bem como para reduzir incertezas e entregar resultados sustentáveis com um portfólio de produtos de alta qualidade, que já serão refletidos no próximo trimestre”, afirmou o presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo.
(*) Com Estadão Conteúdo