Forças da polícia militar chinesa estavam concentradas nesta quinta-feira (15) em um estádio de Shenzhen, cidade vizinha ao território autônomo de Hong Kong. O estádio está ocupado por soldados, caminhões e blindados de transporte de tropas.
Após dois meses de protestos em Hong Kong a favor da democracia, Pequim deu a entender nos últimos dias que poderia empregar a força para restabelecer a ordem na antiga colônia britânica.
Na quarta (14), o governo chinês criticou agressões “de tipo terrorista” contra seus habitantes em Hong Kong, que aconteceram na terça (13) durante os confrontos no Aeroporto Internacional da cidade.
Caminhões e veículos blindados na região do estádio da Baía de Shenzen, na fronteira com Hong Kong — Foto: STR / AFP Photo
Os manifestantes pró-democracia agrediram dois cidadãos da China continental durante a ocupação do aeroporto, que suspendeu os voos na segunda (12) e terça-feira.
O Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau declarou, na segunda-feira, que os ataques de “manifestantes radicais” contra policiais representavam um “grave crime”, com mostras dos “primeiros sinais de terrorismo”.
Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, incitou o líder chinês, Xi Jinping, a resolver “humanamente” a situação envolvendo os protestos em Hong Kong.
“Não tenho qualquer dúvida de que o presidente Xi quer resolver rapidamente e de forma humana o problema de Hong Kong, e pode fazê-lo”, escreveu Trump no Twitter, propondo um encontro com o líder chinês.