Minas Gerais lidera, com folga, o avanço da dengue no país. Neste ano, foram mais de 470 mil notificações – soma dos registros suspeitos e confirmados. É a segunda maior epidemia já vista no Estado, atrás só da verificada em 2016, quando 519 mil pessoas foram infectadas.
O alerta contra o mosquito Aedes aegypti, que tende a crescer com a chegada da temporada de chuva, extrapola o território mineiro. No Brasil, são mais de 1,4 milhão de casos até 24 de agosto, seis vezes mais do que o anotado no mesmo período de 2018. Pelo menos 14 estados estão em situação de epidemia.
Também transmitidas pela picada do inseto, chikungunya e zika seguem a mesma tendência. Dados do Ministério da Saúde indicam que a primeira doença teve alta de 44%, passando de 76 mil infecções para 110 mil. Já a zika saltou de 6,6 mil para 9,8 mil.
2,2 mil casos a cada 100 mil habitantes é a taxa de infecção da dengue em Minas
Óbitos
A explosão de notificações acompanha a elevação de mortes. Em Minas, 138 pessoas perderam a vida após terem dengue. Somadas, as três enfermidades provocaram 650 óbitos no Brasil.
Especialistas alertam que para combater as doenças são necessárias boas condições de saneamento, coleta de lixo e o fim de reservatórios que possam acumular água, favorecendo a proliferação do vetor, principalmente nos domicílios.
Com aumento de registros, o Ministério da Saúde antecipou em dois meses a campanha de combate ao Aedes, que será lançada nos próximos dias. O objetivo é mobilizar secretários, prefeitos e a população para medidas de prevenção.