O Museu de Arte da Pampulha vai ser fechado por tempo indeterminado a partir deste sábado (14). A informação foi confirmada pela Prefeitura de Belo Horizonte, responsável pela gestão do MAP. O motivo, segundo a Fundação Municipal de Cultura (FMC), são reparações hidráulicas e elétricas que deverão ser feitas no espaço.
Neste sábado seria aberta a 7ª edição do Bolsa Pampulha, exposição que ficaria em cartaz até o dia 17 de novembro e registra o processo produtivo de dez artistas, selecionados de cinco estados brasileiros (confira na galeria ao final desta matéria). As instalações estavam sendo montadas desde o último dia 2.
Agora, a mostra deverá ser reagendada, assim como outras atividades que estavam previstas para o museu, como o Leilão Piolho Cassino Galeria Dandara, com Desali, que estava previsto para o próximo dia 26. Questionada, a FMC não informou para quando serão remarcadas as atividades previstas para o mês de setembro.
Segundo a FMC, não há nenhuma ameaça física à estrutura do prédio, que não corre riscos. A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) ainda está levantando custos das obras e, por isso, o tempo das intervenções ainda não foi estimado.
Fragilidades
Em junho, a imprensa da capital mineira, mostrou que oito em cada dez museus de Minas Gerais apresentaram falhas nos sistemas de prevenção a incêndios. Os espaços corriam risco de serem fechados caso não fossem realizadas as atualizações solicitadas pelo Corpo de Bombeiros.
Em Belo Horizonte, a situação era a mesma em 29 espaços culturais, inclusive em importantes locais como o Museu de História Natural da UFMG, o Instituto Museu Giramundo e a Fundação Clóvis Salgado, responsável pelo Palácio das Artes.
Na época, a promotora Giselle Ribeiro, coordenadora estadual de Defesa do Patrimônio Cultural, disse que as irregularidades não apontavam riscos que demandariam o fechamento imediato dos espaços, mas que a falta de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros preocupava.
Em nota, a Fundação Clóvis Salgado disse que desconhecia “apontamentos de irregularidades no Palácio das Artes, emitidos pelo Corpo de Bombeiros” e que um novo projeto de combate e prevenção a incêndio no local, já aprovado pela corporação, estava em implantação.
A UFMG não havia se pronunciado. Na sede do Instituto Museu Giramundo, foi informado um telefone que seria da assessoria de imprensa, mas ninguém atendeu às ligações.