Com o prolongamento da estiagem a Copasa, responsável por mais de 630 concessões espalhadas por todas as regiões de Minas Gerais, enfrenta dificuldades para garantir o abastecimento de algumas cidades. Segundo o site da companhia, 13 municípios do estado já enfrentam racionamento, com destaque para Belo Oriente, na Região do Vale do Rio Doce, que tem três distritos, além do Centro, com distribuição de água controlada desde fevereiro deste ano.
Das 13 cidades, seis estão no Vale do Rio Doce (Belo Oriente, Campanário, Ipaba, Nova Módica e Santa Efigênia de Minas), cinco no Norte do estado (Brasília de Minas, Capitão Enéas, Curral de Dentro, Divisa Alegre, Taiobeiras e Tumiritinga), uma no Vale do Jequitinhonha (Pedra Azul) e uma na Zona da Mata (Urucânia). Outras 85 cidades tiveram a restrição de fornecimento encerrada recentemente.
Em relação à captação no Rio das Velhas para a Grande BH, a Copasa informa que o volume no trecho está dentro da média, na comparação com anos anteriores. A concessionária sustenta que eventuais reduções no rio são complementadas pela transferência de água de outros sistemas que fornecem para a região metropolitana.
Porém, a companhia lembra que, desde o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, a captação do Rio Paraopeba está paralisada e o abastecimento da Grande BH vem sendo garantido pelas represas do Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores e pela captação diretamente no das Velhas. “É prematuro, antes do próximo período de chuvas, dizer que haverá crise hídrica, desabastecimento, rodízio ou racionamento, uma vez que a situação dos mananciais que abastecem a RMBH, no momento, está em condições de atender à população”, acrescentou a concessionária, em nota.