Cemig, Copasa, Gasmig e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) estão na lista das empresas que o atual governo do estado quer privatizar. Os nomes das estatais foram confirmados à reportagem da Itatiaia pelo vice-governador, Paulo Brant (Novo). O projeto de adesão ao ajuste fiscal do governo federal, que prevê a venda das empresas, deve ser enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ainda neste mês.
“Em princípio, o governo vai apresentar um conjunto de projetos de lei, solicitando a Assembleia a autorização para privatizar. É um processo complexo. A Assembleia é soberana. Nós vivemos em uma democracia, graças a Deus”, diz Paulo Brant.
De acordo com o vice-governador, o objetivo é reduzir as regulamentações e o controle sobre o que não acrescenta valor para a sociedade. “Tem algumas normas burocráticas que não agregam nenhum valor. A ideia é simplificar, com responsabilidade, esse conjunto de normas que atrasa a vida do empresário e inviabilizam projetos.”
Na última segunda-feira (23/09), o governador Romeu Zema (Novo) já havia reafirmado o interesse de privatizar as estatais mineiras. O chefe do Executivo estadual assumiu tom mais duro ao falar da Cemig, empresa que ele considera ser detentora de um “monopólio” e ser obstáculo para o desenvolvimento de Minas.
As privatizações, no entanto, devem ter resistência no parlamento. O deputado Alencar da Silveira Junior (PDT) criticou a proposta do governo e disse que em Goiás, estado onde o fornecimento de energia foi privatizado, houve “aumento de 17% nas contas”.
Além disso, “90% da população goiana, atualmente, critica as privatizações. Isso nós vamos mostrar aqui dentro da Assembleia. O povo mineiro vai discutir se quer ou não privatizar a Cemig, porque precisa haver um plebiscito”, diz.