Um homem suspeito de cometer pelo menos 12 assassinatos na Vila Bemge e em bairros próximos, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi preso nesta quinta-feira em Felixlândia, na região Central de Minas.
De acordo com as investigações, ele seria líder de uma facção criminosa que controlaria o tráfico de drogas nos bairros Jardim Teresópolis, Chácaras Santo Antônio, Vila Bemge e Invasão Mangueira. O grupo ainda teria ramificações em Belo Horizonte, Catas Altas, Santa Bárbara e Felixlândia.
Segundo o delegado Otávio Luiz de Carvalho, da Delegacia de Homicídio de Betim, as investigações começaram em 2017, quando um grande número de homicídios foram registrados na Vila Bemge e no Jardim Teresópolis.
“Intensificamos a apuração desses homicídios e descobrimos que havia uma guerra entre duas facções pelo controle do tráfico de drogas. Esse elemento preso hoje é de extrema periculosidade, ele era o chefe dessa facção criminosa que atuava na Vila Bemge e região.”
Além das pessoas assassinadas pela guerra do tráfico, inocentes morreram, conforme a polícia: uma pessoa que estava junto com um dos alvos da facção, um motorista de Uber que transportava outro alvo e drogas sem conhecimento e uma mulher tinha um bar e não aceitou tráfico de drogas perto do estabelecimento.
De acordo com o delegado, o suspeito entrou no tráfico aos 13 anos como aviãozinho de uma quadrilha e cresceu ao longo dos anos.
“Com o passar do tempo, ele passou a ser gerente e, depois que viu o crescimento e poderio, porque tinha muita disposição para matar, conseguiu tomar o controle da quadrilha e se tornar o patrão, inclusive gerando uma contenda com o antigo patrão, que está preso em [Ribeirão das] Neves também. Essa guerra pelo controle do tráfico gerou mais de 15 vítimas de homicídio.”
“Nós esperamos que com essa prisão acabe a carreira desse criminoso, que é responsável por no mínimo oito homicídios e nós sabemos que tem mais. Nós queremos que outros familiares de vítimas sejam encorajados a denunciá-lo para que ele responda pelos crimes que ele praticou e fique atrás das grades”, completou Carvalho.
O suspeito negou as acusações e disse não saber de nenhum dos homicídios. “Tô sabendo de nada disso. Eles falam né, mas falar até papagaio fala né.”