A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou que um morador de Nova Lima, cidade que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte, contraiu malária. O homem, conforme a pasta, trabalha em uma mineradora no Amapá, estado com maior incidência da enfermidade, que é transmitida pelo mosquito Anopheles. Por isso, a principal hipótese é de que ele tenha sido infectado fora de Minas Gerais.
“Trata-se de um homem que trabalha em uma mineradora no Amapá, onde passa cerca de 20 dias por mês, sendo esse o provável local da infecção, uma vez que ele já retornou a Nova Lima com sintomas da doença”, informou a secretaria. Por nota, o órgão garantiu que “o tratamento foi iniciado conforme protocolo do Ministério da Saúde”.
A Prefeitura de Nova Lima disse que foi notificada do caso no dia 26 de setembro. A vítima, que mora no bairro Oswaldo Barbosa Pena II, estava internada em um hospital da cidade. Ela teve alta no dia seguinte. “No geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explicou a prefeitura.
Além disso, conforme a administração municipal, agentes do Setor de Vigilância Epidemiológica foram imediatamente até a casa do paciente para “rastreamento dos locais frequentados pelo caso fonte e entrega de repelentes aos contactantes”.
Doença
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por parasitos do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito gênero Anopheles. O paciente com malária não é capaz de transmitir a doença diretamente para outra pessoa, é preciso que haja a participação do vetor.
Entre os principais sintomas estão febre alta, calafrios, tremores, sudorese ou dor de cabeça. Algumas pessoas, antes de apresentarem esses sintomas, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. A malária tem cura, mas, se não for diagnosticada e tratada em tempo oportuno, pode evoluir para formas graves, levando à morte.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Prevenção
Algumas medidas de prevenção incluem o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas; o uso de roupas compridas que protejam pernas e braços; a instalação de telas em portas e janelas; o uso de repelentes; evitar exposição em horários de maior atividade do mosquito; borrifação intradomiciliar com inseticida de efeito residual; e drenagem de áreas alagadas consideradas de risco para a transmissão da doença.