Nome forte do futebol do Cruzeiro até o fim deste ano, o presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, não será remunerado pela nova função, diferentemente do antecessor, Itair Machado, que deixou o clube. A informação foi repassada pelo presidente Wagner Pires de Sá durante entrevista coletiva na sexta-feira (11/10) na Toca da Raposa II.
“Ele vai nos ajudar no nosso departamento de futebol. Ele vai gerir o futebol do Cruzeiro. É bom frisar que ele fará isso voluntariamente e sem remuneração”, declarou Wagner Pires.
Para exercer o cargo, Itair Machado recebia um salário de R$ 180 mil mensais, de acordo com nota divulgada pelo Cruzeiro em abril deste ano. O ex-dirigente era investigado por ter aumentado a própria remuneração desde que entrou no clube, em janeiro de 2018.
Para ajudar na gestão do futebol até dezembro, Zezé será assessorado pelo filho de Pedro Lourenço, conselheiro do Cruzeiro e dono do Supermercados BH, um dos patrocinadores do clube.
“Estou trazendo também o Pedro Júnior, que é o filho dele, para me ajudar. Vai ser o meu assessor direto aqui no futebol. Isso prova a vontade que o Pedro (Lourenço) está tendo em nos ajudar, emprestando a experiência do próprio filho que ficará com a gente pelo menos neste período”, afirmou.
Diante da crise político-administrativo-financeiro em que passa o Cruzeiro, Zezé Perrella declarou que assume o futebol do clube para uma “situação emergencial”. Depois, ele volta a se dedicar somente à presidência do Conselho Deliberativo.
“Eu não deixei meu cargo de presidente do Conselho. Fico até dezembro, estou vindo para uma situação emergencial, depois volto para o Conselho. Cumpro meu mandato. As circunstâncias me trouxeram até aqui. Se Deus quiser, vamos sair dessa situação”, frisou.
Patrocinador máster: Supermercados BH no lugar do Banco Digi+
Zezé Perrella revelou que conversa com Pedro Lourenço para o Supermercados BH ser o patrocinador máster do Cruzeiro. “Estou conversando com ele para ser o patrocinador máster. Ele está estudando a possibilidade. Porém, mais importante do que isso, é o patrocínio que ele tentará arrumar pra gente junto com os fornecedores do supermercado dele”, declarou.
Para isso acontecer, o Banco Digi+ teria que aceitar abrir mão da parte mais nobre do uniforme celeste. O presidente Wagner Pires de Sá informou que já conversou com os diretores do banco e a empresa aceitou migrar para outro lugar da camisa.
Confira a entrevista completa: