Ainda não foi desta vez. Nada da vitória mais que necessária para engrenar a luta contra a queda à Série A. Um resultado que se sustentou por 89 minutos da partida com a lanterna Chapecoense, na Arena Condá, mas acabou frustrado, com requintes de crueldade, por um ex-jogador celeste. Já no desespero, com boa parte da torcida local saindo do estádio, Camilo conseguiu um empate que traz algum alento à equipe catarinense. Um castigo às oportunidades perdidas pela Raposa, depois de abrir o placar aos 4 minutos da primeira etapa.
Dedé aproveitou a assistência precisa de Fred após cobrança de escanteio para marcar, com um chute forte. E, em seguida, acabou sendo decisivo em sua função original, diante de uma Chapecoense que buscava as jogadas pelas laterais, especialmente nas costas de Edílson, e tentou várias vezes os cruzamentos na área.
Ainda na primeira etapa, David teve boa chance de ampliar o placar, pegando de primeira um cruzamento de Éderson que caprichosamente acertou a trave. Abel Braga optou por manter Thiago Neves mais recuado, com a missão clara de distribuir as jogadas.
No começo da segunda etapa, o time da casa adiantou a marcação e contou com espaço para levar perigo ao gol de Fábio. Que voltou a fazer boas defesas, em chutes de Régis e Bryan. Da metade para o fim, no entanto, a Raposa conseguiu controlar bem a partida e foi a vez de João Ricardo, ex-América, mostrar serviço. Recuperado de contusão, Pedro Rocha entrou em lugar de Marquinhos Gabriel e mostrou boa movimentação.
Com mudanças dos dois lados, a partida parecia controlada pelo time celeste. Na base do abafa, a Chape acabou conseguindo a igualdade num lance que começou com um lateral da direita, levantado da área. No rebote, Camilo chutou longe do alcance de Fábio. Um gol que exigiu a validação do VAR diante da dúvida das condições da linha de ataque catarinense. Depois de receber o aval das imagens, o árbitro potiguar Caio Max Augusto confirmou o empate.