O setor supermercadista de Minas Gerais deve gerar cerca de 3.500 postos de trabalho temporário neste fim de ano. A estimativa otimista de crescimento em 2019 é a maior dos últimos cinco anos, segundo o presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni.
O número de contratações diretas dos supermercados é de 1,6 mil, o que corresponde a cerca de 2% do quadro fixo de funcionários, mas o total chega a 3,5 mil quando somados os postos abertos por empresas fornecedoras, que contratam trabalhadores para apresentar produtos aos clientes dentro dos supermercados. As principais funções com vagas nos estabelecimentos são as de atendimento, embalagem, operação de caixa, reposição e áreas de açougue e padaria. A Amis ressaltou, ainda, que a média de efetivação do quadro de temporários normalmente chega a 15%, o que deve se manter neste ano.
Entre os produtos mais vendidos, além do mix normalmente disponível o ano todo, a procura por produtos típicos do período de festas deve impulsionar os negócios. Carnes e panetones são os que mais pontuam, com 10% de crescimento previsto. Em seguida, estão as cervejas (8%), vinhos (7%), outras aves típicas além do peru (6%) e bebidas “quentes” (4%). O peru, antes protagonista no Natal, não tem crescimento previsto para o período.
Além do crescimento normal para o período e a recuperação econômica, o aumento de vendas no fim de ano em relação ao ano passado também pode ser atribuído à liberação do saque do FGTS, segundo destacou o presidente da Associação Brasileira de Supermercados, João Sanzovo. “As famílias tiveram oportunidade de quitar dívidas antigas e estão mais suscetíveis a contrair novas dívidas”, disse.
Em 2019, foram 70 novas lojas supermercadistas abertas em Minas, a maioria de redes já consolidadas. A expansão de marcas maiores, no entanto, não é um problema para o pequeno comerciante, conforme explica Poni. “Essa abertura de lojas de rede acaba incentivando os menores a investirem em modernização, atendimento, serviços e variedade, e isso é bom para todo o mercado”, justificou.
A expectativa para o fim do ano é que os preços continuem como estão, o que Poni atribui à baixa inflação.