A Vale suspendeu nesta segunda-feira (21/10), temporariamente e de forma preventiva, as atividades na barragem Itabiruçu, da Mina Conceição, em Itabira, até que sejam desenvolvidos estudos complementares sobre as caraterísticas geotécnicas da estrutura. O estudo terá prazo inicial de até 30 dias para ser concluído e não impacta a rotina dos moradores.
A decisão de paralisação da barragem de Itabiruçu é uma ação preventiva da Vale, que em conjunto com órgãos de fiscalização externos, avaliou a necessidade de desenvolvimento de estudos complementares sobre as caraterísticas geotécnicas da barragem. Importante ressaltar que a barragem Itabiruçu teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (“DCE”) emitida em 30 de setembro de 2019.
Os estudos serão realizados por empresa contratada pela Vale. Durante os estudos, será acionado o protocolo do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM) para nível 1 de alerta da barragem. O nível 1 significa estado de prontidão, indicando situação adversa na estrutura e controlável pela empresa e não requer evacuação da população a jusante da barragem.
A barragem de sedimentos de Santana, da Mina Cauê, em Itabira, também passará por aprofundamento de estudos geotécnicos. Com isso, o nível de alerta de risco será elevado para nível 1 do PAEBM. É importante dizer que a estrutura está estável e com DCE emitida em setembro.
A Vale estabeleceu inspeções diárias e monitoramento 24 horas nas duas estruturas, que são construídas pelo método a jusante, considerado o mais seguro.
Produção
O impacto da paralisação da barragem Itabiruçu, que recebe rejeitos da mina Conceição, estará limitado a 2019, com cerca de 1,2 Mt até dezembro deste ano, uma vez que o plano de produção de 2020 já previa a paralisação momentânea desta barragem em grande parte de 2020.
Deste modo, o plano de retomada da produção paralisada de aproximadamente 50 Mt no Estado de Minas Gerais permanece inalterado, conforme apresentado no Relatório de Produção e Vendas do 3T19.