No próximo domingo, dia 27 de outubro, os argentinos vão às urnas para escolher o novo presidente do país. Seis candidatos vão concorrer ao pleito.
Entre eles estão Roberto Lavagna, Nicolás del Caño, José Luis Espert e Juan Centurión. Mas a principal disputa ocorre entre Mauricio Macri, que busca a reeleição, e Alberto Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice.
A pesquisa mais recente, divulgada na sexta-feira (18), mostra que Fernández deve derrotar Macri com quase 20 pontos percentuais de diferença. De acordo com o instituto de pesquisas online Clivajes, a chapa de Cristina Kirchner deve ficar com 53,7% dos votos válidos contra 33,2% de Macri.
Em agosto, Fernández deprimiu o peso e os preços dos títulos soberanos da argentina depois de vencer as primárias por surpreendentes 47,7% dos votos. O atual presidente obteve 31,7% por cento.
Fernández tem 60 anos e foi ministro-chefe de Néstor e Cristina Kirchner durante os mandatos deles, entre 2003 e 2008. Antes de aceitar encabeçar a chapa com Cristina Kirchner, ele dava aulas de Teoria do Crime e Sistema de Penalidades na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.
Macri também tem 60 e está à frente da Argentina desde 2015, quando venceu o candidato de Cristina, Daniel Scioli. A vitória pôs fim a doze anos de governo kirchneristas.
Maurício Macri assumiu o poder com a promessa de controlar a inflação e a erradicar a pobreza, porém foi mal sucedido em ambos os compromissos.
A inflação deve terminar 2019 em 40% e a pobreza subiu para mais de 35% durante os quatro anos de mandato. Além disso, em agosto, o governo de Macri declarou moratória, ou seja, pediu para adiar o prazo de pagamento de parte da dívida argentina de curto prazo.
O pedido incluiu a parcela referente a empréstimos com o FMI, o fundo monetário internacional. Em junho de 2018 a gestão adquiriu uma linha de crédito com o fundo de US$ 57 bilhões de dólares.
De acordo com a lei eleitoral argentina, ganha a presidência no primeiro turno o candidato que conseguir 45% dos votos. Também será declarado presidente aquele que conseguir 40% dos votos com uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o rival mais próximo.
A reportagem da quarta-feira (24) será justamente sobre o sistema eleitoral argentino.
*Com informações da repórter Nicole Fusco