A Vale terá de custear a perfuração de 50 poços artesianos para garantir o abastecimento de 40 clientes especiais da Copasa, como hospitais e presídios, em um possível momento de crise hídrica na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A determinação faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) acordado entre a mineradora, a empresa responsável pelo abastecimento da região, a Cemig e o Ministério Público, homologado na quinta-feira (24/10) na 6ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da capital.
De acordo com a promotora Andressa Lanchotti, o texto traz uma série de medidas emergenciais que devem ser colocadas em prática para evitar um desabastecimento de água na Grande BH. O fornecimento do serviço na região ficou prejudicado em janeiro, quando a estação de captação do rio Paraopeba teve de ser desligada por causa do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho.
Além da perfuração de poços – que vão garantir o fornecimento de água para endereços importantes, como o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e o campus Pampulha da UFMG -, o TAC determina também a reativação de poços da Copasa que estavam desligados.
A Copasa informa que caso seja identificada a necessidade de qualquer tipo de restrição de abastecimento será a primeira a vir a público para compartilhar informações e orientar as pessoas. A Companhia diz ainda que está cobrando rotineiramente da Vale o cumprimento das obrigações já assumidas judicialmente, além de outras ações necessárias, para que a população da Região Metropolitana de Belo Horizonte não seja penalizada.
Procurada pela reportagem, a Vale ainda não se manifestou sobre o assunto.