Subiu para sete o total de pessoas mortas por conta de um terremoto que atingiu a ilha de Mindanau, no sul das Filipinas, na última terça-feira (29). Mais de quatrocentas pessoas ficaram feridas após o tremor de magnitude 6,6 na escala Richter.
Há duas semanas, um tremor de 6,4 causou a morte de sete pessoas e ainda provocou 200 feridos na mesma região.
Entre os mortos identificados estão um homem de 66 anos em Korondal (Cotabato), devido a um traumatismo craniano, e um adolescente de 15 anos que ficou soterrado sob escombros ao tentar encontrar um lugar mais seguro à saída da escola, em Magsaysay (Davao do Sul).
De acordo com o último relatório do Centro Nacional de Gestão de Desastres, divulgado hoje (30), 394 pessoas foram transferidas para diferentes hospitais e centros médicos em Mindanau, com a maioria concentrada na província de Cotabato.
O terremoto, que danificou pelo menos 133 infraestruturas públicas na região e 90% das casas de Tulunan, afetou mais de 8.400 pessoas, das quais 3.500 estão instaladas em centros de abrigo.
Hoje, as aulas continuam suspensas nas áreas afetadas e a Polícia Nacional destacou mais pessoal para dar resposta ao alto número de vítimas.
Tremores secundários
Embora o tremor de terça-feira não tenha desencadeado um alerta de tsunami, ele provocou até 270 tremores secundários, dos quais 50 foram sentidos. Um deles atingiu uma magnitude de 6,1, segundo o Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia (Phivolcs).
A agência localizou o terremoto a cerca de 60 quilômetros de Davao, a maior cidade de Mindanau e a terceira maior das Filipinas, onde o tremor foi sentido com intensidade “muito forte”.
As Filipinas ficam no chamado anel de fogo do Pacífico, uma área que acumula cerca de 90% da atividade sísmica e vulcânica do mundo e é sacudida por cerca de 7 mil tremores por ano, a maioria moderada.
Sismos de magnitude superior a cinco são registados esporadicamente na ilha sul de Mindanau; no arquipélago de Batanes, no extremo norte do país; e na região de Bicol.
Este ano, o país sofreu vários terremotos de mais de cinco graus de magnitude. Os mais mortais ocorreram na província de Pampanga em abril passado, que causou 16 mortes, e outro em julho passado em Batanes, com nove.
O último grande terramoto que atingiu o país foi um de 7,1 de magnitude, que causou mais de 220 mortes na região central das Filipinas em outubro de 2013; e em julho de 1990, mais de 2.400 pessoas perderam a vida na ilha de Luzon devido a um tremor de 7,8, um dos mais fortes que atingiu o país.