A Vale foi condenada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a pagar uma indenização de R$ 8,1 milhões por danos morais a uma família que perdeu parentes durante o rompimento da barragem em , na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A tragédia, ocorrida em janeiro deste ano, matou 250 pessoas e deixou 20 desaparecidas até o momento.
Segundo o TJMG, Adriano Ribeiro da Silva, 61 anos, e dois filhos dele, Luis Taliberti Ribeiro da Silva, de 31 anos, e Camila Taliberti da Silva, 33 anos, estavam hospedados em uma pousada que foi arrastada pela lama.
Eles estavam na cidade para visitar o Museu Inhotim.
Na sentença, o juiz Rodrigo Heleno Chaves, da 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Brumadinho, afirmou que a “ré não nega a sua responsabilidade sobre os fatos” e, portanto, “sua responsabilidade pela reparação dos danos causados aos autores é fato incontroverso nos autos”.
A primeira sentença contra a Vale foi em setembro, quando a empresa foi condenada a pagar R$ 1,875 milhão aos familiares de dois irmãos e uma grávida. Os valores foram destinados à mãe dos irmãos e também aos pais da mulher vítima da lama, que tomou conta de uma pousada onde a família passava o fim de semana.
Em nota, a Vale informou que ainda não foi intimada da decisão. “A empresa é sensível à situação das famílias e dará encaminhamento ao caso, respeitando a privacidade dos envolvidos”, diz o comunicado.