Os protestos em Hong Kong terminaram em violência neste domingo (17/11). A polícia disparou gás lacrimogêneo contra manifestantes na Universidade Politécnica de Hong Kong, que se abrigavam atrás de uma “parede” de guarda-chuvas. O incidente ocorreu horas depois de intensos confrontos durante a noite deste sábado, em que os dois lados trocaram bombas de gás lacrimogêneo e incendiárias, que deixaram focos de fogo nas ruas.
Um policial foi atingido na perna por uma flecha, informou a polícia em comunicado à Reuters. Ele estava consciente e foi enviado a um hospital.
Um grande grupo de pessoas voltou a tentar limpar uma estrada cheia de escombros perto do campus da universidade, mas foi advertido pelos manifestantes de que devia se afastar. Muitos deles entraram para o interior do campus, onde montaram pontos de controle de acesso.
Além disso, o grupo bloqueou a entrada a um dos três principais túneis rodoviários que ligam a Ilha de Hong Kong ao resto da cidade.
Líderes da oposição divulgaram uma declaração na qual criticam os militares chineses por se juntarem às operações de limpeza dos escombros. Os agentes das forças de segurança têm permissão para ajudar a manter a ordem pública, mas apenas a pedido do governo de Hong Kong.
Autoridades confirmaram, na última sexta-feira (15/11), a segunda morte registrada em uma semana após o agravamento da onda de violência durante as manifestações. Um homem de 70 anos, que trabalhava como faxineiro, morreu depois de ter sido atingido por um tijolo. Ele tentava, com outras pessoas, remover as pedras colocadas pelos manifestantes em um bloqueio de rua.
* Com informações da EFE