Recentemente participei de uma conversa em um grupo da rede social WhatsApp na qual ficou evidente que há muitas dúvidas sobre “Como escolher os(as) melhores candidatos(as) aos cargos eletivos” e sobre os critérios que mais pesam no momento de decidir sobre o voto, principalmente neste momento em que a cada dia aparecem mais e mais casos de escândalos e desvios por parte de políticos escolhidos pelos eleitores, tanto em âmbito municipal quanto estadual e nacional e também em outros países considerados democráticos.
A partir dessa conversa, acabei ampliando o “bate-papo” conversando também com algumas pessoas do meu convívio diários e lembrei de um texto que eu publiquei em 2008, ou seja, há mais de dez (10) anos, no qual eu fiz uma “lista de motivos” que influenciam, de alguma forma, a decisão dos(as) eleitores(as). Confiram a seguir:
“Uma das primeiras coisas que as pessoas costumam lembrar, principalmente na eleição proporcional, é a proximidade entre o(a) eleitor(a) e o(a) candidato(a). E essa proximidade é vista, pelo menos, de duas perspectivas: geográfica – grande parte do(as) eleitores(as) tende a votar em candidatos(as) que moram próximo a eles(as) – no mesmo bairro, ou num bairro vizinho, por exemplo; convívio diário – muitos(as) eleitores(as) votam em alguém porque é parente, amigo(a), conhecido(a), colega (ou ex-colega) de trabalho ou de escola. Normalmente, o(a) eleitor(a) acredita que terá maior chance de obter acesso ao(à) vereador(a) durante o mandato, caso seu(sua) candidato(a) seja eleito(a).
Outra forma muito comum de decidir em quem votar é o chamado ‘voto útil’, quando o(a) eleitor(a) avalia, de alguma forma, as ‘chances reais de eleição’ do(a) candidato(a) – é comum ouvir expressões como ‘vou votar em quem tem mais chance porque não quero perder meu voto…’. Mas é bom lembrar aquele velho ditado: ‘resultado da eleição é só depois da apuração…’ – nem sempre essas expectativas se confirmam e nem sempre são eleitos os ‘melhores’ candidatos…
Há também os(as) eleitores(as) que preferem votar de acordo com a história (ou o currículo) do(a) candidato(a), com base no grau de ‘preparação’ e nas ‘experiências’ apresentadas por ele(a) – algumas pessoas chegam a dizer que ‘este(a) já mostrou que sabe fazer alguma coisa’ ou ‘voto em quem já tem algum trabalho realizado…’.
É comum também a escolha de um(a) candidato(a) que se apóia (ou se propõe a apoiar) os trabalhos de alguma entidade da sociedade civil – muitas vezes isso já faz parte da própria história (ou do currículo) do(a) candidato(a). Mas várias pessoas apontam que ‘costumam aparecer alguns(mas) aproveitadores(as), que usam o nome de uma entidade para se eleger e depois não ajudam a entidade – só trabalham para si mesmos (as)…’.
Grande parte do eleitorado vota somente ‘no(a) candidato(a)’, mas ainda há quem observe o partido, os(as) outros(as) candidatos(as), a(s) coligação(ões) e até mesmo as pessoas, empresas ou instituições que, porventura, apoiem ou ajudem na campanha, ou seja: há eleitores(as) que votam (ou deixam de votar) de acordo com as ‘companhias’ do(a) candidato(a), chegando a lembrar o dito popular ‘diga-me com quem tu andas que eu direi quem tu és…’ – e várias pessoas têm a expectativa de que os(as) eleitos(as) indicarão seus apoiadores para ocupar cargos durante o seu mandato…
Outra perspectiva comum entre essas pessoas é a idéia de que o(a) candidato(a) deve ser escolhido(a) a partir de um ‘perfil ideal’, que o próprio eleitor pode elaborar (se quiser, pode usar como parâmetro características já apontadas por outras pessoas e por instituições, como na campanha de conscientização realizada em 2004 pela Interassociação).
Várias pessoas comentaram também que ‘candidato(a) tem que ter conteúdo…’, apontando como ‘ideal’ escolher pessoas que apresentem boas propostas e que tenham clareza de propósito e que saibam como colocar em prática suas idéias – afinal, como disse uma das pessoas com quem conversei, lembrando as propagandas da Justiça Eleitoral: ‘quatro anos é muito tempo para pagar altos salários para pessoas que ficam esse tempo todo sem realizar nada de útil para nós…’.
E não podemos esquecer de avaliar os que já exercem (ou exerceram) cargos eletivos e estão tentando se reeleger (ou voltar ao poder): ‘os(as) eleitores(as) precisam observar se o que foi (ou está sendo) feito durante o mandato por cada vereador(a), pelo(a) prefeito(a) e pelo(a) vice-prefeito(a) é coerente com o que eles(as) propuseram (ou prometeram) durante sua(as) campanha(as) anterior(es)…’, como lembrado por várias das pessoas com quem conversei.”
E você, como decide o seu voto?!?
DIA DO RIO
O dia 24 de novembro é lembrado pelos ambientalistas e pelos integrantes dos Comitês de Bacias Hidrográficas como o “Dia do Rio” e nos últimos anos tem sido marcado por muitas lamentações, ao invés das esperadas comemorações, devido à falta de cuidado de grande parte da nossa sociedade com esse bem tão precioso na vida de todos nós.
Diariamente temos visto, lido e ouvido inúmeras notícias sobre a poluição dos rios e a falta de cuidado com as matas ciliares e as nascentes. A poluição de nossas águas inclui desde o assoreamento dos cursos d’água até o lançamento de esgotos, plásticos e os mais variados tipos de resíduos nesses locais, quando todos sabem que o que precisamos fazer é o contrário disso: limpar a poluição que já está nesses locais e evitar que mais resíduos cheguem até eles.
Vamos fazer a nossa parte! E viva o rio!