A greve geral contra o projeto da reforma da Previdência promovida pelo presidente da França, Emmanuel Macron, está causando grandes transtornos no transporte ferroviário e aéreo nesta quinta-feira (05/12) – assim como o fechamento de escolas e várias instituições culturais.
A reforma quer substituir os 42 regimes que existem atualmente por um sistema de pontos em que cada euro contribuído concede os mesmos direitos quando chega à aposentadoria e, portanto, contempla o fim dos benefícios dos trabalhadores, como os da Companhia Ferroviária Nacional Francesa e da rede metropolitana de transportes de Paris.
Essa é a razão pela qual o acompanhamento da greve nos dois setores é massivo. No transporte aéreo, a Direção-Geral da Aviação Civil já havia previsto o cancelamento de 20% dos voos tendo a França como origem ou destino.
Em todo o país foram oficialmente convocadas 245 manifestações, mas a principal ocorrerá em Paris, às 14h (horário local, 10h de Brasília).
No metrô parisiense, 11 linhas foram suspensas, outras três irão operar com restrições e somente nos horários de pico. As duas linhas automatizadas que garantem deslocamentos, 1 e 14, poderão ficar saturadas.
O secretário de Estado dos Transportes da França, Jean-Baptiste Djebbari, admitiu que “devemos ser lúcidos” e previu que as paralisações podem durar mais tempo. Além disso, afirmou que hoje se encontrará com esses grupos em busca de uma saída rápida para a crise.
Segundo uma pesquisa do Instituto Odoxa-Dentsu publicada pelo jornal Le Figaro, sete em cada dez franceses acreditam apoiam o movimento de greve.
*Com informações da EFE