Foi preso um estudante de arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de 30 anos, suspeito de divulgar conteúdo íntimo de pelo menos quatro mulheres com as quais se relacionou. O homem também é investigado por estupro de vulnerável. De acordo com a polícia, que o suspeito ainda mantinha um estilo de vida em defesa ao movimento feminista. Homem foi identificado como D.J.N.M.
As apurações tiveram início há um mês quando uma das vítimas procurou a polícia.
O caso mais grave ocorreu com uma jovem em que o suspeito manteve relação sexual enquanto ela estava inconsciente. O suspeito ainda filmou e divulgou o vídeo do estupro na internet. Nesse caso, a vítima contou à polícia que estava inconsciente, tomando conhecimento do vídeo, e de todo ato, somente na delegacia.
Outras mulheres disseram à polícia que concordaram em serem filmadas, mas com a condição do material ser apagado logo em seguida. Porém, as apurações apontam que o suspeito fingia apagar os vídeo, mas, logo, postava vídeos e fotos.
Além disso, o suspeito colocava os nomes, números de telefone e redes sociais das vítimas em sites pornográficos.
O Chefe da Divisão de Crimes Cibernéticos, Delegado Guilherme Santos, explicou sobre os resultados. “Ao todo já foram identificadas quatro vítimas e todas se surpreenderam ao saber que suas imagens estavam sendo divulgadas em sites pornográficos”, destacou.
Ressalta-se, de acordo com a polícia, que o suspeito mantinha um estilo de vida em defesa ao movimento feminista. Participava e dava apoio a diversos segmentos de minorias, porém suas ações se mostraram bastante contraditórias à ideologia que publicamente defendia.
O suspeito utilizava um perfil nas redes sociais, inclusive tendo sido identificada pela polícia dizeres em um banheiro feminino da Escola de Arquitetura com a divulgação do perfil em questão e um alerta a todas as mulheres.
A titular da 1ª Delegacia Especializada de Investigação aos Crimes Cibernéticos, Delegada Danielle Aguiar, ressaltou que o suspeito irá responder pelo crime de estupro de vulnerável e pelo crime de divulgação de conteúdo íntimo sem o consentimento da vítima.
“A expectativa é de que outras vítimas possam ser identificadas com a continuação das investigações”, concluiu a Delegada.
Durante a operação, além do mandado de prisão temporária, a equipe apreendeu um aparelho celular, um notebook, dois HDs externos e diversas mídias, além de maconha e haxixe.