A possibilidade foi anunciada pelo gerente Executivo de Operações das Minas de Itabira, Rodrigo Paula Machado Chaves, durante audiência pública realizada ontem (09/10), pela Câmara de Vereadores da cidade.
O evento discutiu sob muitos protestos a situação da segurança das barragens de rejeitos no entorno de Itabira.
Durante as discussões Rodrigo Chaves disse que a retirada dos moradores que vivem em áreas de zonas de autossalvamento (ZAS), seria temporária e deve acontecer durante o descomissionamento das 15 barragens existentes no município, entre elas a do Itabiruçu, e do Pontal. Rodrigo Chaves ressaltou, no entanto, que no cenário atual, os níveis das barragens de Itabira não colocam em riscos esses moradores, e que as remoções só acontecem quando as elevações de barragens alcançam o nível 2 para riscos de rompimentos.
A retirada dessas famílias foi defendida por uma professora que participou do evento. Moradora de uma das ZAS, a professora do bairro Conceição, reivindicou dos gerentes da mineradora Vale, a retirada imediata dessas pessoas das áreas de riscos.
André Vianna, vereador e presidente do Sindicato Metabase Itabira e região, autor do requerimento para a audiência pública, conduziu o evento.
Vários protestantes participaram da audiência entre eles integrantes do Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região que colaram cartazes com críticas e cobranças à empresa. Um deles questionava: “Cadê a água de Itabira? A Vale bebeu”. A audiência aconteceu no Teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA).