Os contratos futuros do petróleo avançaram nesta terça-feira (17/12) e se mantêm nos maiores níveis desde setembro, em meio ao otimismo com o acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China, confirmado pelas partes na semana passada.
O petróleo WTI para fevereiro, que agora é o contrato mais líquido, avançou 1,21%, a US$ 60,87 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para fevereiro subiu 1,16%, a US$ 66,10 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Em entrevista à Fox Business, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, disse que os chineses concordaram em comprar US$ 50 bilhões em produtos agrícolas americanos. Já a Bloomberg informou, com base em fontes, que Pequim vai conceder isenções tarifárias a compradores desses produtos de forma regular, não mais em etapas.
Eugen Weinberg, analista de metais do Commerzbank, acredita que a força do petróleo também está relacionada, ainda, ao acordo alcançado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) neste mês para aprofundar os cortes na produção.
Analistas de commodities do ING, Warren Patterson e Wenyu Yao lembram que, apesar disso, deve haver excesso de oferta da commodity no ano que vem. “Esperamos que a pressão descendente sobre os preços do petróleo seja retomada à medida que avançamos para o primeiro semestre de 2020”, afirmam os especialistas, acrescentando que o nível da pressão “dependerá em grande parte dos detalhes em torno da fase 1 do acordo comercial, juntamente com as ações que a Opep+ tomará no segundo trimestre para combater o excedente durante esse período”.
Ontem, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA elevou sua projeção para a produção de petróleo no país em janeiro em 30 mil barris por dia, para 9,135 milhões de barris por dia.