A reunião do Atlético com Sampaoli, realizada nesta quinta-feira, não teve um ponto final. O clube e treinador seguirão discutindo detalhes em busca de um acerto para que o argentino de 59 anos assuma o comando da equipe alvinegra em 2020. A diretoria atleticana entregou uma contraproposta ao técnico e espera a resposta nos próximos dias.
A conversa desta tarde não teve a presença do presidente Sérgio Sette Câmara. O mandatário alvinegro estava em São Paulo em busca de novas opções caso o acerto com Sampaoli não aconteça. Essa ausência dificultou o acerto imediato, já que a negociação é bem complexa.
A reunião realizada contou com a presença de investidores que estão dispostos a ajudar o Atlético a contratar Sampaoli para 2020. Parceiros da diretoria do Galo, representantes da MRV participaram da conversa. Para convencê-lo a assinar, o alvinegro terá a contribuição financeira de alguns empresários ligados ao clube.
Sampaoli quer um salário alto e um time competitivo para a temporada 2020. Para atender a esse desejo, o clube alvinegro terá que ir ao mercado reforçar o elenco, um projeto ousado e diferente dos dois primeiros anos de Sette Câmara no clube.
A operação para contratar Sampaoli não é simples, pois exigirá muito investimento financeiro. Em 2019, o clube atrasou salários em alguns meses. Na gestão Sette Câmara, a prioridade do Atlético era sanar as dívidas e evitar gastos exorbitantes. Caso o acerto com o argentino aconteça, a diretoria terá que mudar o planejamento e montar um time forte para brigar por títulos.
Desde a saída de Vagner Mancini, o Galo procura um treinador no mercado. Sampaoli sempre foi o preferido da diretoria. Ele deixou o Santos no fim do ano e está sem clube. O Palmeiras chegou a negociar com o argentino, mas não houve acordo.
Sampaoli pediu investimento fora da realidade do clube paulista. “Conversamos com o Sampaoli e ele expôs o que ele acreditava ser merecedor. É uma pessoa muito competente, um profissional de alto nível, mas ficou muito distante daquilo que entendemos que temos que investir”, frisou o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte.
Em entrevista à agência EFE, na última terça-feira, Sampaoli disse que só ficará no Brasil em um clube que brigue por títulos. “Não chegamos (Sampaoli e Palmeiras) nem a um acordo econômico nem sobre as posturas esportivas. O Brasil é um país muito exigente, o Flamengo avançou muito na comparação com os demais e minha ideia de ficar no país era para brigar pelo torneio (Brasileirão). Isso não aconteceu”, afirmou o treinador.