O reconhecimento civil de Nossa Senhora do Rosário como padroeira de Itabira foi elogiado pelo bispo da Diocese de Itabira e Coronel Fabriciano, Dom Marco Aurélio Gubiotti. A lei que definiu a padroeira do município foi aprovada sob protestos da bancada evangélica, no mês passado. Apesar de elogiar a iniciativa da Câmara Municipal, o bispo garantiu que nada muda para os católicos de Itabira, conforme edição do Diário de Itabira deste domingo (22/12).
Dom Marco Aurélio lembrou que Nossa Senhora do Rosário já havia sido definida pela população como padroeira da cidade, no passado. “Uma coisa é a padroeira da cidade enquanto essa cidade é identificada quanto uma cidade católica. Não é mais a realidade que a gente vive. Itabira tem mais de 120 mil habitantes e nós estamos no século XXI. Então, há diversidade em todos os campos e no campo religioso é muito maior. Então, quando Itabira nasceu, quando ela surgiu, ela foi dedicada a Nossa Senhora do Rosário”, avaliou.
A iniciativa para definição da padroeira de Itabira não partiu da Igreja Católica, destacou o bispo. “Antigamente não havia uma distinção muito clara entre o civil e o religioso, isso só veio a acontecer depois. Não foi uma iniciativa da Igreja Católica ou das lideranças católicas, não foi reivindicação de um padre ou de um movimento leigo, esse é o reconhecimento civil de algo que sempre foi”, afirmou.
A Igreja aprova a definição da padroeira também pela importância histórica do fato. “Agora, não somos contra porque, como é um dado histórico e que se torna também cultural, nós vemos isso com bons olhos. A primeira igreja de Itabira é uma igreja tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. Independente do credo, a edificação tem a sua importância histórica para a cidade, é um monumento arquitetônico e histórico de Itabira”, afirmou.
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