Em um pregão de baixo volume financeiro e acompanhando a fraqueza do dólar no exterior, principalmente frente às moedas de países emergentes, o real encontrou caminho para se valorizar na segunda-feira (23/12). No meio do dia, a cotação no segmento à vista chegou a tocar os R$ 4,05, na mínima da sessão, porém, depois reduziu o ritmo para fechar em baixa de 0,32%, a R$ 4,0817. No mercado futuro, encerrou o dia cotado a R$ 4,0835 (-0,49%).
“Hoje é um dia em que o mercado de câmbio operou sem influência do noticiário, apenas zerando posições na medida das operações que precisavam ser feitas”, afirmou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
Ele ressaltou que o ano vai terminando sem notícias mais fortes que levem o dólar para cima. Pelo contrário, foram reduzidos os fatores de risco que vinham assombrando o mercado, como o encaminhamento do Brexit e o apaziguamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China. “Aparentemente, principalmente entre Washington e Pequim, está tudo no modo paz e amor”. O mercado, completou, nem mesmo colocou o risco de um impeachment do presidente americano Donald Trump no preço, uma vez que acredita que o Senado — de maioria republicana — não deve dar continuidade ao processo.
O DXY, índice compara o dólar americano contra uma cesta de moedas globais, operou em baixa hoje também. Já o Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, um termômetro do risco-País, era negociado a 101,63 pontos nesta tarde, em baixa em relação à referência anterior, de 103,60 pontos, registrada nas cotações da IHS Markit. Hoje voltou a oscilar acima de 100 após ter tocado os 96 pontos na semana passada, o menor nível desde o final de 2010.