Nenhum minuto de paz, nenhum minuto de sossego. A cada instante dessa nova realidade do Cruzeiro, agora administrado por um Núcleo Dirigente Transitório, uma bomba diferente. O assunto que incendeia o clube dessa vez é o possível rompimento da parceria entre o clube e a fornecedora de material esportivo Adidas.
Após mais de quatro horas de reunião na sede administrativa da Raposa com membros do Conselho Gestor, o vice-presidente do grupo, Vittorio Medioli, questionou o contrato firmado entre a empresa alemã e o Cruzeiro.
“Fazer um contrato em que a Adidas ganha dinheiro e o Cruzeiro segura a brocha, não dá”, disse Medioli.
O contrato entre Cruzeiro e Adidas foi assinado neste ano, mas começa a valer a partir de 2020, tendo validade até 2023.
As imagens dos novos uniformes já haviam vazado na internet antes, mas o anúncio oficial da parceria entre Adidas e Cruzeiro foi feito na manhã desta quinta-feira (26).
Na visão de Medioli, o Cruzeiro pode até partir para a produção de seus uniformes com marca própria. “Hoje tem que partir para uma marca própria. O que vale não é a marca Adidas, o que vale é a marca Cruzeiro para a nossa torcida. Se tem Adidas, Umbro, Nike ou zero à esquerda, para eles dá na mesma”, falou.
Segundo apurou o Hoje em Dia, os lojistas responsáveis pelas lojas franqueadas e oficiais do Cruzeiro fizeram entre maio e agosto os pedidos de camisas oficiais para abastecerem o comércio no dia 2 de janeiro, data marcada para o início oficial das vendas.
Ainda de acordo com a reportagem, esses pedidos foram pelo menos três vezes maiores do que o habitual com a antiga fornecedora, a Umbro.
Quando do início dos pedidos, o Cruzeiro era o melhor time na classificação geral na Copa Libertadores, tinha vencido o Campeonato Mineiro e não se imaginava nunca o cenário de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Como o ano terminou de forma trágica e agora aparece essa nova bomba, a informação que chega é que os lojistas estão novamente apreensivos com o momento.