A saída mais fácil para o Cruzeiro neste momento de caos financeira é contar com a ajuda da sua torcida. Incrementar o plano de sócio do futebol, contar com a venda de produtos oficiais, principalmente nas lojas credenciadas, pois isso possibilita uma receita maior. Mas em sua coluna semanal no jornal O Tempo, que é de sua propriedade, deste domingo (29), Vittorio Medioli, CEO do clube dentro do Conselho de Notáveis que foi criado há menos de duas semanas, relata a grande preocupação para que esse plano seja colocado em prática: o bloqueio judicial de contas do clube.
“Lançaremos uma poderosa campanha de arrecadação quando tivermos certeza de não estarmos sujeitos a bloqueios da arrecadação. Por isso aceleraremos um plano de recuperação legal e de oferta de garantias reais. Mais medidas importantes tomaremos para injetar no sistema azul a eficiência e a competência”, escreveu o novo dirigente celeste.
Em sua coluna no jornal O Tempo, Vittorio Medioli tratou neste domingo de vários assuntos relacionados ao Cruzeiro
O Cruzeiro tem neste momento quase 90 ações trabalhistas ativas. E este número vai aumentar, com certeza, por causa de uma atitude urgente que está sendo tomada pelo novo grupo que assumiu o clube, pois dezenas de profissionais estão sendo desligados para que a folha salarial possa ser diminuída. E um caminho natural neste tipo de situação é muitos recorrem à Justiça do Trabalho.
Enxugar a folha faz parte do que Medioli chama no artigo de “colocar uma baleia dentro de uma lata de sardinha”. Isso porque ele destaca o fato de o orçamento cruzeirense, que foi de R$ 380 milhões em 2019, despencar para R$ 80 milhões em 2020.
É um valor tão baixo, que só os salários atrasados que o Cruzeiro tem, principalmente com futebol, somam quase R$ 100 milhões.
Jogadores
Aliás, os atletas serão os principais atingidos pela nova política salarial cruzeirense. O teto foi fixado em R$ 150 mil e isso alcança poucos integrantes do atual grupo de jogadores. Por isso, Vittorio Medioli faz questão de destacar em sua coluna que o clube pode liberar alguns.
“No momento poderemos liberar uma parte de atletas, realizar a transação de outros, adotar medidas de acordos reciprocamente convenientes”, revela o dirigente.
A questão é que os contratos em vigor só podem ser rompidos em comum acordo. E aí está uma das duras tarefas do Conselho de Notáveis do Cruzeiro.