Não é de hoje que as séries caíram no gosto popular, seja pela facilidade de acesso ou pela forma mais dinâmica com que os episódios são construídos. Diferentemente das novelas – cujos capítulos são “amarrados”, exigindo que a produção seja vista em ordem cronológica –, muitas podem ser acompanhadas de forma aleatória e a qualquer hora, o que faz das férias o período ideal para colocar as produções em dia.
Para não perder tempo zapeando a TV, a dica é buscar três importantes qualidades nas tramas do streaming. “Boa história, independentemente do gênero; roteiro redondo, bem escrito; e a mistura das duas coisas com uma boa direção dos personagens”, ensina o especialista em séries Paulo Gustavo Pereira, autor do Almanaque dos Seriados.
Segundo ele, que escreve para o portal Freak Pok, de nada adianta ter atores consagrados se a trama não for interessante o suficiente para fisgar – ou quase viciar – o telespectador.
“Pode ter um elenco com Emma Thompson, Anthony Hopkins, Matheus Nachtergaele… Mas se o diretor não conseguir desenhar a história com os personagens, não funciona”, acrescenta.
É dele a indicação das dez séries “imperdíveis” que você confere aqui. Dentre elas a policial The Bridge, que se passa na fronteira da Suécia com a Dinamarca, e a romântica Modern Love, com “atores e roteiro fascinantes”, como define o expert.
Confira, abaixo, as nossas sugestões de maratonas. Você pode clicar sobre a imagem e salvar!
Novelas Modernas
Cada vez mais populares entre os brasileiros, as séries já podem ser interpretadas como espécies de “novelas modernas”, afirma o pesquisador em teledramaturgia e professor de Comunicação na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Reinaldo Maximiano.
“Concordo com Sônia Rodrigues (escritora e roteirista) quando diz que as narrativas dos seriados estão para nós, hoje, como o romance esteve para o século 19 e o cinema para o 20. Dentre os motivos estão a segmenta-ção das temáticas, o formato, a duração – em geral, mais curta – e a disponibilidade de temporadas completas, além do baixo custo de acesso”, resume, desvendando o motivo de as produções terem caído nas graças dos brasileiros.
Então… bora maratonar?