O dólar desacelerou o ritmo de alta na parte da tarde, depois de encostar em R$ 4,04, e terminou o primeiro dia útil do ano em alta de 0,31%, cotado a R$ 4,0242 ao final do pregão desta quinta-feira (02/12).
No exterior, porém, o dia foi de forte alta da moeda americana, em meio a indicadores fracos da indústria da China e da zona do euro, e da perspectiva de assinatura do acordo comercial fase 1 entre a Casa Branca e Pequim.
Pela manhã, saiu outro indicador de que a atividade ganha força, o Índice de Confiança Empresarial (ICE), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que atingiu o maior nível em dezembro desde janeiro de 2019. Os economistas do banco americano Citi reforçam que o indicador ratifica o quadro melhor para a economia brasileira, mostrando melhora da confiança na indústria, serviços, comércio e construção.
O quadro favorável com o Brasil fez o Ibovespa ultrapassar na tarde de hoje os 118 mil pontos pela primeira vez na história, ajudando a retirar pressão no câmbio, por conta da expectativa de fluxo externo mais favorável, após os fracos números de 2019. No ano, até o dia 27 de dezembro, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 43 bilhões, o pior resultado da história. Pelo canal financeiro, que inclui os investimentos na B3 e em renda fixa, saíram US$ 61 bilhões, em valores líquidos.
Além disso, a moeda americana ganhou força com as declarações de Donald Trump, de que vai assinar o acordo comercial fase 1 no próximo dia 15 e em seguida planeja viajar à China para negociar da fase 2.
*Com Estadão Conteúdo