Nessa quinta-feira, o Atlético oficializou a venda do atacante Yimmi Chará ao Portland Timbers, dos EUA. O colombiano de 28 anos se junta a outros quatro jogadores de frente que o clube alvinegro ‘perdeu’ em relação ao elenco que terminou a temporada 2019: Geuvânio, Luan, Nathan e Alerrandro. Apesar das saídas, nenhum reforço para o setor foi contratado.
Titular na maior parte da última temporada, Yimmi Chará foi a contratação mais cara da história do Atlético. Para tirar o colombiano do Junior-COL, de Barranquilla, o clube alvinegro investiu 6 milhões de dólares (R$ 22,2 milhões na cotação da época) por 70% dos direitos econômicos, em junho de 2018. A ideia de revendê-lo teve a intenção de recuperar o dinheiro gasto.
Ídolo da torcida e multicampeão pelo Atlético, Luan foi negociado com o V-Varen Nagasaki, da Segunda Divisão do Japão. A transferência foi oficializada em 18 de dezembro, há 16 dias. O meia-atacante de 29 anos alternou altos e baixos ao longo de 2019, mas terminou o ano como titular absoluto. Foram 55 jogos e seis gols na temporada.
Alerrandro, por sua vez, foi negociado no mercado interno. Formado na Cidade do Galo, o jovem centroavante de 19 anos acertou com o Bragantino. De acordo com o jornalista Heverton Guimarães, o Atlético recebeu 3 milhões de euros (quase 13,5 milhões na cotação atual) por 80% dos direitos econômicos. O clube mineiro ficou com um percentual e receberá em caso de venda futura.
Em 2019, o garoto teve um início promissor, mas perdeu espaço no segundo semestre. Foram 13 gols em 29 jogos, números que lhe garantiram a vice-artilharia do Atlético na temporada. Principal goleador, Ricardo Oliveira foi às redes 14 vezes.
Além dos três, o Atlético também liberou Geuvânio. O atacante de 27 anos chegou ao clube em março de 2019, com contrato válido até o fim da temporada e opção de renovação automática. A diretoria alvinegra, porém, entendeu que o desempenho não foi suficiente e optou por liberá-lo. Em 37 jogos (13 como titular), marcou apenas um gol.
Fica ou sai?
O polivalente Nathan, de 23 anos, é outro que não tem mais contrato com o Atlético. Com direitos econômicos ligados ao Chelsea, o meio-campista tinha vínculo com empréstimo válido até 1º de janeiro. A diretoria alvinegra trabalha para manter o atleta no elenco, mas a negociação é complexa. Apesar de ter se destacado como volante em 2019, ele também é opção ofensiva e pode atuar em todas as posições do meio para frente. Na última temporada, fez cinco gols em 34 partidas.
Indefinições
Outras peças ofensivas importantes ainda podem deixar o Atlético. Terceiro artilheiro (11 gols) e jogador com mais assistências (dez) na última temporada, o meia Cazares tem futuro indefinido. O próprio presidente do clube, Sérgio Sette Câmara, já admitiu publicamente a intenção de vender o equatoriano, que tem contrato válido apenas até dezembro de 2020.
Concorrente de Cazares ao longo de 2019, o meia Vinícius também não tem permanência garantida. O jogador de 28 anos negociou com o Botafogo, mas não chegou a um acordo. Na última temporada, foram sete gols em 41 jogos com a camisa do Atlético.
Outro meia que pode ser negociado é o venezuelano Otero. Nem mesmo a chegada do conterrâneo Rafael Dudamel para o comando técnico da equipe garante a permanência do meia de 27 anos no elenco. Recentemente, a diretoria alvinegra o incluiu numa proposta de troca com o Santos para ter o atacante Eduardo Sasha. O clube paulista, porém, rejeitou a oferta.
Por fim, a diretoria do Atlético tenta negociar o meia David Terans e os atacantes Maicon Bolt e Ricardo Oliveira. O primeiro não conseguiu repetir no Brasil as boas atuações que o fizeram se destacar no futebol uruguaio. Em 2019, marcou apenas um gol em 14 partidas disputadas.
Assim como Terans, o atacante Maicon Bolt não conseguiu jogar bem pelo Atlético em 2019. Foram dois gols em 27 jogos. Ricardo Oliveira, por sua vez, até teve um bom início de 2019 – que o fizeram ser o artilheiro alvinegro no ano -, mas caiu de produção e não está mais nos planos da diretoria.
Quem chega
Apesar de não ter anunciado nenhuma contratação para o ataque, o Atlético terá pelo menos um reforço para o setor. Trata-se do meia-atacante Edinho, que volta ao clube após defender o Fortaleza em 2019 por empréstimo. No clube cearense, destacou-se com oito gols em 51 partidas.
Além de Edinho, o Atlético emprestou outros jogadores de frente em 2019: os meias Daniel Penha (CRB) e Dodô (Khor Fakkan, dos Emirados Árabes), além dos atacantes Hyuri (Sport), Capixaba (Vila Nova-GO), Denílson (Tondela, de Portugal) e Clayton (Vasco). Desses, porém, apenas o último tem chances de defender o clube.
Quem fica
Afinal, quem fica no elenco do Atlético? No momento, o grupo conta com os seguintes remanescentes de 2019: os meias Cazares, Otero, Vinícius, David Terans e Bruninho, além dos atacantes Franco Di Santo, Maicon Bolt, Ricardo Oliveira e Marquinhos. A tendência é que mais garotos formados na base ganhem espaço em 2020 e reforcem o time ao longo do ano.