O governo federal tem investido em tecnologias e cruzamento de dados para evitar fraudes no Bolsa Família. O ministro da Cidadania, Osmar Terra, explicou, em entrevista ao Jornal da Manhã, quais medidas estão sendo tomadas para maior controle por meio de órgãos competentes e para que as famílias não se tornem dependentes do benefício.
São quase 6 mil municípios que recebem, diariamente, através de unidades do CRAS, cadastros de pessoas que comprovam não ter renda de até R$ 171 per capta em casa. Apesar de variar de acordo com o número de membros, a média de valor recebido atualmente é de R$ 200 por família.
“É importante lembrar que o Bolsa Família não é um recurso fixo. Ele é uma fronteira entre a pobreza e a extrema-pobreza. O benefício impede, por meio da complementação da renda, que uma pessoa caia na extrema-pobreza — que é quando o indivíduo não consegue suprir nem as necessidades de alimentação.”
Apesar do programa ser nacional, quem faz os cadastros é a administração pública local. Isso dá margem para que famílias tentem enganar ou até mesmo funcionários concedam benefícios irregulares.
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, ressaltou que o maior programa social é o emprego. Por conta disso, para evitar a dependência ao Bolsa Família, o governo tem investido em parcerias — como as com o Sistema S — para que jovens até 29 anos se capacitem para o mercado de trabalho.
Além disso, existe também o cuidado com as crianças que nasceram em família que recebem o benefício. O Criança Feliz acompanha, semanalmente, o desenvolvimento dos bebês através de visitadores treinados que vão até as casas em que eles moram.
“Toda criança nasce com o mesmo potencial, o que vai diferenciar são os estímulos e o ambiente em que ela vive. Apenas 9% das crianças do Bolsa Família tem livros em casa. Por isso promovemos parcerias, como a com o Itaú Social. A leitura, a longo prazo, gera uma criança com maior escolaridade.”