A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou todas as marcas de cerveja da Backer com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020. A decisão foi divulgada na sexta-feira (17/01) pela agência. A medida é preventiva e vale para todo o Brasil durante 90 dias.
Desta forma, 29 tipos de cervejas produzidas pela Backer que tenham data de validade a partir de agosto de 2020 não podem ser vendidas ao consumidor e devem ser retiradas das prateleiras dos estabelecimentos comerciais. Confira a lista ao fim da matéria.
A orientação da Anvisa é para que essas cervejas não sejam consumidas caso já tenham sido adquiridas.
Segundo a Anvisa, o objetivo é interromper o risco aos consumidores da marca. A interdição será mantida até que a Backer comprove a ausência de dietilenoglicol e monoetilenoglicol nas suas cervejas.
Além da interdição das cervejas da marca, três lotes específicos da cerveja Belorizontina (L1 1348, L2 1348 e L2 1354) e um da cerveja Capixaba (L1 1348) estão proibidos e devem ser recolhidos pela empresa em todo o país.
A determinação veio após análises feitas pelo Ministério da Agricultura que comprovaram a contaminação pelas substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol em 21 lotes de oito marcas diferentes de cerveja da empresa.
A medida preventiva também está baseada na investigação da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária.
Vítimas
Um morador de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, foi colocado nesta sexta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais no relatório de possíveis vítimas de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja Belorizontina. O total de casos suspeitos, agora, é de 19, com quatro mortes, sendo uma confirmada e três sob investigação, segundo dados da secretaria.
É o primeiro caso suspeito no Vale do Jequitinhonha. As outras notificações são de Belo Horizonte, total de doze, uma em Ubá, uma em Viçosa, ambas cidades da Zona da Mata, uma em São João del Rei, uma em Pompéu, cidades da Região Central, uma em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, e uma em São Lourenço, no Sul de Minas. De total de casos, 17 são homens e duas são mulheres.