A Secretaria Estadual de Saúde de Minas (SES-MG) informou nesta terça-feira (21/01) que subiu para 22 o número de casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol, supostamente relacionados ao consumo de cerveja da Backer. Desse total, 19 são homens e três mulheres. Quatro pessoas morreram.
Ainda de acordo com a pasta, o exame de sangue de uma das vítimas, um homem de 55 anos que morreu no dia 7 de janeiro, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, mostrou que ele tinha a substância dietilenoglicol no sangue. Já sobre os outros óbitos, a secretaria espera os resultados dos laudos laboratoriais.
As outras três mortes estão entre os 18 casos em investigação. Trata-se de dois homens que morreram em Belo Horizonte nos dias 15 e 16 de janeiro e uma mulher, que teve a morte confirmada em 28 de dezembro do ano passado em Pompéu, no Centro-Oeste do Estado. Todos deram entrada na rede de saúde com quadro de insuficiência renal e problemas de ordem neurológica.
A Vigilância Sanitária Estadual determinou a interdição cautelar dos lotes L1 1348 e L2 1348 da cerveja Backer Belorizontina. A interdição nacional dos mesmos lotes foi determinada pela Anvisa. A partir de novos resultados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Anvisa determinou a interdição cautelar de todas as marcas de cerveja da empresa Backer e lotes com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020. Assim, os produtos não podem ser comercializados e distribuídos no país.
Paciente de Capelinha
No boletim divulgado nesta terça, a SES informou que entre os pacientes está um homem de Capelinha, no Vale do Jequitinhona, que deu entrada no dia 17 de janeiro no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, com alguns dos sintomas característicos da intoxicação exógena por dietilenoglicol.
Ele apresentou “turvação visual, tremor leve de extremidades, abalos musculares e redução da diurese, com relato de quadro de vômitos e diarreia prévios, já em melhora após 14 dias de evolução”. Ele teve alta no domingo (19/01), mas segue acompanhado pela secretaria.
Ainda de acordo com a SES, não há, até o momento, nenhum paciente suspeito de intoxicação por DEG internado em hospitais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).