Saltou para 47 o número de mortes decorrentes das chuvas de quinta a segunda-feira, em Minas Gerais. Os números são confirmados por meio de um novo boletim divulgado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) no início da noite desta segunda-feira. Outras quatro pessoas continuam desaparecidas, todas no interior do estado. A queda no número de desaparecidos, de 19 para quatro, significa que 13 pessoas fizeram contato e foram localizadas com vida. Mas, outras duas engrossaram o número de mortos em decorrência dos temporais.
A maioria das mortes está concentrada na Grande BH: 13 em Belo Horizonte, seis em Betim, cinco em Ibirité e dois em Contagem. No interior, os óbitos estão listados em 11 municípios da Zona da Mata mineira: Alto Caparaó (quatro), Alto Jequitibá (três), Carangola (uma), Divino (uma), Luisburgo (duas), Manhuaçu (uma), Pedra Bonita (três), Santa Margarida (um), Tocantins (um) e Simonésia (três).
Também foi confirmado o óbito da criança de dois anos após ser soterrada em Olhos D’Água. Ainda de acordo com o balanço da Defesa Civil estadual, 17.935 pessoas estão fora de suas casas em Minas: desalojadas (7.079 na Grande BH e 7.530 no interior) e 3.386 desabrigadas (1.092 na RMBH e 2.294 no interior). Além disso, 65 pessoas ficaram feridas no estado – 54 na Grande BH e outros seis no interior.
Na corrida para ajudar as cidades, decreto do governo estadual, que foi publicado na manhã desta segunda-feira, reconheceu situação de emergência em 101 municípios. Hoje, a Defesa Civil do estado informou que Diamantina e Nova Era entraram na lista. Desde de outubro do ano passado, 121 municípios decretaram emergência.
Já Carangola (Zona da Mata) e Orizânia (Zona da Mata) e Ibirité (Grande BH) decretaram estado de calamidade.
Configura-se situação de emergência quando ocorre a alteração intensa e grave das condições de normalidade comprometendo parcialmente a capacidade de resposta. Já é decretado calamidade pública ocorre quando há alteração intensa e grave das condições de normalidade comprometendo substancialmente a capacidade de resposta.
Os decretos facilitam a transferência de recursos do governo federal para reparos e a entrega de doações – como colchões, cobertores, travesseiros e alimentos – recolhidas pelo Executivo estadual. Domingo, o governo federal garantiu que tem R$ 90 milhões para atender aos estados atingidos pelas enchentes.