Mais uma morte pode estar relacionada à intoxicação por dietilenoglicol, substância tóxica encontrada em cervejas da marca Backer. Com isso, já são cinco óbitos suspeitos de terem sido causados por intoxicação após consumo das bebidas. A última morte foi registrada na madrugada desta segunda-feira (03/02) no Hospital Madre Teresa e o corpo do homem, de 74 anos, foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
A Polícia Civil confirmou a morte do paciente e a Secretaria de Estado de Saúde ainda não inclui o óbito na listagem oficial. Até então, o último boletim do órgão, datado da última sexta-feira (31/01), considera a morte de quatro pacientes em que foi confirmada a presença do dietilenoglicol no sangue.
Até o momento, Minas tem 30 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol, sendo que 22 são de Belo Horizonte, e os demais foram registrados nas cidades de Capelinha, Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa.
Na última terça-feira (28/01), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que dez novos lotes de cervejas da Backer estão contaminados. Com isso, as substâncias etilenoglicol ou dietilenoglicol já foram encontradas em 41 lotes e em dez rótulos da marca.
O Mapa continua testando amostras recolhidas na Backer. A empresa permanece fechada e os produtos somente serão liberados para comercialização após análise e aprovação do órgão.
A Backer informou que colabora com as investigações e oferece acolhimento psicológico e social para familiares e vítimas.