Servidores da educação de Minas protestam na manhã desta terça-feira na na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Um vídeo registrado pela repórter Camila Campos, da Itatiaia, mostra uma discussão envolvendo manifestantes e o deputado Coronel Sandro (PSL).
O parlamentar manda os servidores irem trabalhar. “Os adolescentes precisam de aula”, disse aos gritos. Ele é respondido com um coro de “respeita a educação”.
A ALMG recebe nesta terça reunião extraordinária para apreciar projetos que tratam do reajuste dos vencimentos de servidores do Ministério Público, do Tribunal de Justiça, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas e das forças da segurança.
Greve dos professores
Os professores da rede estadual de ensino estão em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, um dia após o início das aulas. Entre as principais reivindicações dos profissionais estão pagamento do piso salarial nacional e recebimento do 13º integral. O movimento é liderado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
“A educação tem sua pauta e está na batalha pelo piso há 12 anos. Não aceitaremos sermos excluídos da política de reajuste salarial do governo Zema”, disse a coordenadora-geral do Sind-UTE, Denise Romano. Conforme ela, 13.800 escolas que atendem a cerca de dois milhões de alunos estão com as portas fechadas.
Uma nova assembleia está marcada para a próxima sexta-feira (14), para definir os rumos da greve.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SES-MG) informa que vai acompanhar a adesão de professores à paralisação. A pasta também informa que permanece com diálogo aberto.
Em entrevista à Itatiaia na última quarta-feira (5), a secretária Julia Santana disse que respeita a manifestação e que o 13° será pago em março, quando também é esperado o fim do parcelamento dos salários, operações viabilizadas com a conclusão da antecipação de recebíveis do nióbio.
“A gente tem lutado muito para conseguir o aumento merecido dos professores, mas a gente recebeu o estado de um governo que tinha aprovado o piso nacional, mas não conseguiu cumprir. A gente não vai descansar enquanto não dermos aumento, mas para isso a gente precisa se equilibrar financeiramente”, disse.