A chegada de novas tecnologias abre brecha para o avanço de modalidades criminosas. O golpe de clonagem do WhatsApp, por exemplo, já causou transtorno a mais de 8 milhões de brasileiros, conforme pesquisa da PSafe, empresa que desenvolve softwares de segurança para celulares.
Conforme o chefe do primeiro departamento da Polícia Civil, delegado Wagner Sales, a instituição “tem trabalhado para evitar e reprimir o golpe, mas isso passa, basicamente, pela atenção das pessoas”. Isso porque a própria vítima é quem, sem querer, passa o código ao criminoso.
“Geralmente são pessoas que fizeram algum tipo de anúncio e colocaram o número de telefone em exposição pública”, explica. “O golpista toma conhecimento do número de telefone da vítima, se apresenta, faz contato, e em uma articulação consegue adquirir o código do WhatsApp da vítima, fazendo a clonagem”.
Com o controle do aplicativo, os criminosos mandam mensagens para contatos da vítima, pedindo transferências bancárias. “É importante salientar que, como a vítima oferece de forma espontânea o código de segurança para o golpista, o ressarcimento depois, perante à agência bancária, fica difícil”, ressalta.
Medidas de segurança
O delegado alerta para os cuidados para não ser vítima do golpe. “Ter atenção, não clicar em link de desconhecidos e, para aquelas pessoas que receberem o pedido de dinheiro, liguem antes de fazer a eventual transferência”.
Outra forma de minar os riscos de clonagem é ativar a dupla verificação, recurso disponível no WhatsApp. O caminho para a função nos celulares da Apple são ajustes -> conta -> confirmação em duas etapas. Nos outros, são configurações -> conta -> confirmação em duas etapas. Neste campo, o usuário criará uma senha.