O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou o bloqueio de bens da Backer para reparação de possíveis danos aos consumidores da empresa que podem ter sido intoxicados pela substância dietilenoglicol. O valor pode chegar a R$ 100 milhões.
A decisão foi tomada após o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pedir a indisponibilidade de bens da cervejaria. Segundo a promotoria, a intenção do processo é garantir a indenização e o suporte às vítimas, já que a cervejaria, conforme o MPMG, não teria cumprido o acordo extrajudicial realizado, negando apoio às vítimas que consumiram as cervejas. No dia 31 e janeiro, o MPMG informou que a cervejaria Backer tinha se comprometido a auxiliar vítimas que estão em tratamento de saúde após ingerirem cerveja Belorizontina.
Até o momento, a Polícia Civil investiga 34 casos de intoxicação que podem estar relacionados ao consumo da cerveja da marca. Seis pessoas morreram e em uma das vítimas a intoxicação por dietilenoglicol foi confirmada.
Na sexta-feira (14/02),fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estiveram na fábrica da Backer, no bairro Olhos d’Água, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, para uma nova vistoria.O espaço está fechado desde 10 de janeiro.
Em nota a Backer informou que fundamentação da ação coletiva impetrada pelo Ministério Público foi o descumprimento de um acordo preliminar que, diferentemente do alegado, foi integralmente cumprido pela Backer. A empresa ainda informa que está tomando as medidas cabíveis visando prevalecer a verdade dos fatos.
Uma nova audiência entre a Backer e o Ministério Público está marcada para 17 de fevereiro.