Uma hora e vinte minutos de atraso para o início da coletiva de apresentação do atacante Marcelo Moreno, e quando o jogador chegou à sala de imprensa da Toca II os jornalistas foram surpreendidos com uma pergunta: ‘onde está a camisa’.
Naquele instante de minuto pairou no ar a dúvida sobre a possibilidade de a assessoria de imprensa do clube ter esquecido o uniforme para a apresentação. Mas, não. Aí é que todos foram surpreendidos pelo próprio Moreno: “Eu nunca tirei essa camisa”, disse o jogador.
O atacante ao tirar o agasalho revelou uma pintura artística em seu corpo, simulando uma camisa do Cruzeiro, inclusive com os patrocinadores exibidos em tinta.
A pintura, segundo o próprio Moreno, demorou duas horas e meia para ser concluída. E a artista precisou que o atacante ficasse em pé por todo o período de trabalho.
Na sua primeira coletiva após o retorno Marcelo Moreno teve ao lado sua esposa Marilisy Antonelli e a pequena Maria Clara, filha do casal.
A garotinha brincou enquanto o pai conversava com os jornalistas, bebeu água no colo da mãe, e chorou quando a tiraram de perto do pai.
Retorno à Toca
Ao deixar o Shijiazhuang Ever Bright, clube da Segunda Divisão Chinesa, Marcelo Moreno abriu mão de quase R$ 50 milhões em valores futuros a receber pelo contrato que ainda vigoraria por mais tempo.
Em um áudio vazado no fim de semana, Moreno chegou a dizer que muitos chamariam de “loucura” sua opção por voltar com um salário muito inferior, mas que ele entendia como “amor” ao clube.
Perguntado na coletiva se a epidemia de coronavírus que atingiu a China também havia sido um fator preponderante para que o jogador deixasse à Ásia, a resposta foi categórica: “não”.
O avante chega para sua terceira passagem pelo Cruzeiro, clube onde tem 93 jogos e marcou 45 gols.