Atlético e Cruzeiro adentraram o recesso do Carnaval sem muitos motivos para folia. Muito pelo contrário. O cenário montado está longe de ser de comemorações. O início deste ano reservou episódios de drama e fracassos envolvendo os arquirrivais. O último capítulo escrito por eles antes das festas momescas evidenciou tantos problemas que alguns deles até transcendem as quatro linhas.
No Galo, a eliminação para o Unión de Santa Fé rendeu alguns vilões, eleitos por parte da torcida. Um deles, o atacante Di Santo. Nas redes sociais, foram feitas campanhas com pedidos para a rescisão de contrato do argentino, autor de seis gols em 31 partidas pelo alvinegro. O técnico Dudamel reconheceu que o centroavante está devendo, mas procurou exaltar o empenho do jogador.
“Ele (Di Santo) entende que o rendimento de um atacante se mede por gols. Está trabalhando com muita consciência para melhorar”, sintetizou o treinador, outro alvo da ira de torcedores atleticanos.
O presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, mostrou certa irritação com a imprensa ao ser questionado sobre o desempenho de Dudamel. “Vocês já estão derrubando o treinador? O que é isso? O treinador vai ficar. Não vamos (demiti-lo), por conta de um mês de trabalho, que ainda está começando”, disse.
Dudamel, aliás, se mostrou descontente com outra situação, só que dentro do próprio clube. “Saiu a informação do nosso time (a escalação), antes de chegarmos ao estádio. E isso não me deixou tranquilo. Eu sei que vocês (da imprensa) querem a premissa de ter a informação, de ter o time inicial. Temos que trabalhar muito para descobrir de onde está vazando a informação interna. E virei aqui falar para todos vocês o nome desse intruso que temos em família, dentro de casa. Isso não pode seguir acontecendo”, relatou.
Cruzeiro
Se no Galo a eliminação na Sul-Americana foi um balde de água fria na temporada, no Cruzeiro, a campanha no Mineiro vem causando certo pânico em seus torcedores. Atualmente, a Raposa ocupa o quinto lugar, ou seja, não estaria classificada para as semifinais. E tal situação veio seguida de polêmica.
A esposa do atacante Jhonata Robert, Emanuele Caroline Grando, utilizou as redes sociais para criticar o centroavante Roberson e o técnico Adilson Batista, durante a derrota para o Tombense, por 2 a 0. “Pelo jeito meu ano vai ser de estresse se o Adilson continuar”, escreveu Emanuele em um dos posts. Na última sexta-feira, Robert e ela pediram desculpas pelo ocorrido.
Dentro de campo, a reconstrução do Cruzeiro continua a passos (muito) lentos. “Estou indo para o segundo mês, tem jogadores chegando, outros vão estrear, há o desgaste… Não é uma desculpa. Precisamos reconhecer que erramos”, comentou o treinador.