A Jihad Islâmica na Palestina lançou na segunda-feira (24/02), da Faixa de Gaza, uma nova série de mísseis contra a região Sul de Israel. Alguns projéteis ultrapassaram o sistema de defesa antiaéreo, tendo um deles caído no quintal de um jardim de infância.
Não há informações sobre vítimas, mas o segundo dia de violência ameaça levar a uma nova onda de hostilidades.
A uma semana das eleições legislativas israelenses, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ameaçou os governantes do Hamas, movimento radical palestino com uma “guerra” se os disparos a partir da Faixa de Gaza continuarem.
Em declarações à Rádio Militar Israelense, Netanyahu disse ter transmitido ao Hamas a mensagem de que, se o movimento não parasse, os militantes por trás dos ataques, seria um alvo direto.
“Só vou para a guerra como última opção, mas estamos preparando algo que nem se imagina”, declarou.
Mísseis
Os militares israelenses disseram ter registrado o disparo de 14 mísseis, 12 dos quais foram interceptados pelo sistema de defesa Cúpula de Ferro.
Depois da Jihad Islâmica ter atacado no domingo o Sul de Israel, cerca de 65 mil estudantes foram obrigados a ficar em casa na manhã de hoje nas cidades fronteiriças à Faixa de Faza. Comboios foram impedidos entre as cidades de Ashkelon e Beersheva e várias estradas foram fechadas na região.
Israel também retaliou com ataques aéreos a posições da Jihad Islâmica na Síria, que mataram dois membros do movimento islamita e outros quatro combatentes pró-regime perto de Damasco, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Os disparos da Jihad Islâmica no domingo já eram uma resposta à morte de um palestiniano que tentou colocar um explosivo perto da barreira fronteiriça que separa a Faixa de Gaza palestina de Israel. Os militares recuperaram depois o corpo com uma retroescavadeira, o que causou indignação.
Israel e o Hamas já estiveram envolvidos em três guerras entre 2008 e 2014 e em várias ondas de intensa violência desde então.