O surto de coronavírus fez nesta quinta-feira (05/03) sua primeira vítima no setor aéreo: a companhia aérea regional FlyBe, do Reino Unido, que entrou com pedido de falência. O processo de colapso da empresa se acelerou com a forte queda da demanda por viagens em função da disseminação do Covid-19.
Desde janeiro, a companhia apresentava dificuldades — mas o governo do Reino Unido afastou a possibilidade de qualquer intervenção pública direta na empresa para tentar salvá-la. Aprovaria, no entanto, um possível financiamento e revisão de impostos locais. Não deu tempo. Naquele mês, a Flybe acabou sendo resgatada por um aporte feito por seus acionistas.
O fechamento da empresa causa um problema para o governo britânico, que prometeu “subir o nível” do transporte regional no país. “Todos os voos foram suspensos e os negócios no Reino Unido deixaram de operar imediatamente”, comunicou a operadora, descrita como a maior companhia aérea regional independente da Europa pela imprensa britânica.
As rotas da Flybe conectavam o Reino Unido com os principais destinos europeus. A empresa empregava 2,4 mil pessoas e transportava cerca de 8 milhões de passageiros por ano por meio de 81 aeroportos e 68 aeronaves.
“As dificuldades financeiras de Flybe eram antigas e bem documentadas e antecedem o surto de Covid-19”, afirmou o governo em comunicado conforme a imprensa local.
*Com informações do Estadão Conteúdo