A Polícia Federal apreendeu, na manhã desta quinta-feira (05/03), R$ 118 mil em uma sala utilizada por Astério Pereira dos Santos, ex-secretário Nacional de Justiça do governo Temer, em um escritório de advocacia localizado na Rua do Carmo, Centro do Rio de Janeiro.
A apreensão se deu no âmbito da Operação Titereiro, desdobramento da Lava Jato, desencadeada a mando do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, para apurar crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os agentes fizeram buscas em 34 endereços na capital e na Baixada Fluminense. Oito investigados foram presos.
A ação tem como alvos principais Astério e Carlson Ruy Ferreira. Eles são apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como sócios de uma empresa fornecedora da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio – a Denjud – que teria repassado propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
Segundo a Procuradoria, o ex-secretário “valia-se de autoridade exercida como Secretário de Estado para beneficiar a empresa, e que seu sócio, Carlson Ruy Ferreira, era responsável por recolher propinas e pagar agentes públicos”.
Procurador de Justiça aposentado do Ministério Público do Rio, Astério ainda chefiou a pasta de Administração Penitenciária entre 2003 e 2006, na gestão de Rosinha Garotinho.
São sócios do empreendimento Marcelo Pereira, Vinícius da Silva Ferreira, filho de Carlson e Danilo Botelho dos Santos, filho de Astério. Os três são apontados como “laranjas”.
*Com informações do Estadão Conteúdo