Em coletiva de imprensa na sexta-feira (06/03), a Polícia Civil incluiu mais quatro pessoas no inquérito que investiga a síndrome nefroneural provocada pela suposta intoxicação causada pelas cervejas da Backer. No total são 38 vítimas. O médico Legista Thales Bittencourt informou que as investigações vão contar agora com apoio do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN) da Universidade Federal de Minas Gerais.
“Ele vem agregar tecnologia à Polícia Civil para a detecção de eventual vazamento nos tanques a partir de uma partícula que é colocada no Chile e eventualmente encontrada nos tanques de armazenamento da cerveja”, disse.
Descredenciamento
Também nesta sexta-feira, o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas (Sindbebidas) de Minas iniciou um processo de descredenciamento da Backer, após declarações do advogado da empresa, Estevão Nejim, que disse que haveria mono e dietilenoglicol em várias outras marcas de cerveja da associação.
De acordo com o vice-presidente do Sindbebidas, Marco Falcone, as declarações são falsas e pode ser instalado um processo contra a cervejaria.
Em nota, a Backer informa que jamais acusou outras cervejas por contaminação e que na audiência pública foi dito que a empresa solicitou o trabalho de laboratórios independentes para realizar análises químicas e toxicológicas em todos os rótulos, bem como em outras amostras de cerveja, com o objetivo único de estabelecer parâmetros que pudessem indicar alguma resposta.