Já são 25.877 casos prováveis de dengue registrados em Minas em 2020 e 15 mortes permanecem em investigação até o momento. O primeiro óbito foi confirmado no município de Medina, no Vale do Jequitinhonha/Mucuri. Os dados foram atualizados na tarde desta terça-feira (10/03) pela Secretaria Estadual de Saúde do estado (SES/MG).
Em 2019 foram 179 óbitos confirmados e 77 ainda continuam em análise.
Em relação à Febre Chikungunya, foram registrados em 2020, até o momento, 480 casos prováveis.
Já em relação à Zika, em 2020 foram registrados 168 casos prováveis, sendo 36 em gestantes.
Cuidados com a dengue
Diante do temor causado pelo coronavírus, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais pede a população para manter os cuidados que evitam a dengue. Os meses de março, abril e maio são o período de pico da doença. Só neste ano, já são mais de 20 mil suspeitas de dengue em Minas, sendo a maioria em Belo Horizonte, com mais de 1.500 notificações. Em Medina, no Vale do Jequitinhonha, uma morte foi confirmada e outras dez estão sob investigação em todo o estado.
De acordo com a coordenadora do programa estadual das doenças transmitidas pelo mosquito da dengue, Carolina Amaral, neste ano o número de casos deve permanecer alto devido a circulação do sorotipo 2 da doença. “Parte da população de Minas Gerais foi infectada com o sorotipo 2 da doença no ano passado. Mas boa parte ainda não. Essas pessoas que ainda não pegaram a doença são mais susceptíveis a terem dengue. Por isso, em algumas regiões do estado, o número de casos deve ser alto”, detalha.
Outro agravante é o período chuvoso mais amplo. “Se temos um volume de chuva maior, os locais para os mosquitos colocar os ovos aumentam. A população deve ficar atenta já que a cada dez casos de dengue, em oito os focos estão dentro da casa das pessoas infectadas”, explica.
Com ou sem o coronavírus, o cuidado com a dengue deve ser redobrado. Segundo a especialista, a dengue tem evolução muito acelerada. “A dengue deve ser diagnosticada de maneira correta e rápida para evitar a forma mais grave e até morte. Mas com a chegada do coronavírus existe a possibilidade de o volume de casos no sistema de saúde atrapalhar no diagnóstico rápido da dengue”alerta.