Em assembleia realizada na noite de segunda-feira (09/03), os professores da rede municipal de Belo Horizonte decidiram manter a greve, que já se estende desde o dia 27 de fevereiro. Uma nova reunião está agendada para esta quarta-feira (11/03).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública (Sind-Rede/BH), a manutenção do movimento foi decidida em votação massiva e motivada pela “falta de diálogo e insuficiência da proposta apresentada pela prefeitura”. Os rumos da paralisação devem ser definidos nesta quarta-feira (11/03), em novo ato.
Os profissionais da educação municipal têm mantido o movimento apesar da decisão judicial que determina o encerramento da manifestação e prevê pagamento de multa de R$ 1 mil por dia em caso de descumprimento, com penalidade máxima em R$ 100 mil.
A decisão veio após pedido da Prefeitura de Belo Horizonte, que avaliou a greve como “ilegal, abusiva e quebra de acordo assinado em novembro de 2019 pelos representantes do próprio sindicato e do governo”.
Na semana passada, diante da negativa do sindicato em interromper o movimento, a prefeitura afirmou que o Sind-Rede/BH havia assinado acordo no fim de 2019 para reajuste de 7,2% em duas parcelas, pagas em janeiro e dezembro de 2020, além do ganho de dois níveis na carreira do Professor da Educação Infantil.
O sindicato, porém, pede que o município leve em conta a aprovação de reajuste de 12,84% para o piso nacional. “Com este reajuste, o valor do piso salarial para o nível médio da Prefeitura fica abaixo dos valores estipulados pela Lei Federal”, informou o Sind-Rede/BH.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura na segunda-feira (09/03) e aguarda retorno.
(Com Renata Evangelista)